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sábado, 16 de outubro de 2021

DOENÇAS SÃO MENSAGENS ONDE DEVEMOS MUDAR ALGO!

 PASSAGENS RETIRADAS DO THE IMMORTAL BOOK

 

https://pt.scribd.com/document/427958828/Immortal-I-pdf

https://scribl.com/books/P6118/the-immortal

https://www.amazon.com/J-J-Dewey/e/B004MRXB4E/ref=aufs_dp_mata_dsk

"Toda doença é um professor", disse John. Você deve olhar para a doença, ver onde ela está localizada e o efeito será discernir a lição a aprender.”

"Cada pessoa em sua vida individual tem uma grande LIÇÃO que ela deve aprender, uma HABILIDADE ou talento que deve desenvolver e uma QUALIDADE que  deve melhorar. Este triângulo de aprendizagem nunca é fácil e é sempre uma luta.”

"Como eu disse, a coisa que você deve aprender é algo onde geralmente não é muito talentoso e naturalmente resiste em algum grau."

Final de agosto de 2017 descobri o livro THE IMMORTAL, em função de um song, uma oração na verdade, que achei belíssima, e que no final dela, constou ser retirada do livro THE IMMORTAL por J.J. Dewey. 

Ah sim: diria que valeria a pena aprender inglês só para poder ler este livro. 

Diria isso para Ateus, Advaitas, Budistas, Cristãos de todos os tipos, New Agers... 

O autor dá permissão aos leitores para duplicar e circular o Livro I desta série em forma impressa ou digital por tanto tempo já que o material nele contido é creditado à autoria de J. J. Dewey e os escritos copiados são circulados sem custos.


COMENTÁRIOS GERAIS DO BLOG

Na época quando achei o livro (2017),  li partes do livro ou todo (não lembro), mas meu inglês era insignificante diante de hoje – visto que me forcei a aprender via autodidata ao máximo e na semana que passou reli o livro e já aproveitei para anotar num word.doc à parte, as partes que pretendo traduzir, sendo o tema das doenças o menos IN-CRÍVEL do livro, mas um dos mais importantes.

As dicas dadas por John, o Misterioso Tocador de Sinos com o qual o autor se depara após ouvir o som de sinos de forma repetida, são simplesmente dignas de merecer o esforço de traduzir de forma precária 36 páginas – precária porque copiar textos de um PDF significa formatar linha por linha e depois ter a paciência de confrontar muitas passagens duvidosas, pela falta de um inglês mais fluente, com 2 tradutores (o Google Tradutor e o DeepL) e reler várias vezes, até por fim entender o sentido.

Revisei, mas com certeza vão encontrar vários erros, seja de digitação ou outros, mas garanto que vão entender os temas centrais, no caso, sobre DOENÇAS e outros, que se entrelaçaram com o tema.

John [o misterioso Tocador de Sinos] vai abordar com detalhes os motivos de se contrair CÂNCER e EM-ESCLEROSE MÚLTIPLA, como exemplo de como cada um deve usar a doença como guia para saber onde deve corrigir algo - entender algo.


SEGUEM AS PÁGINAS TRADUZIDAS

Criei subtítulos para facilitar a leitura, e sempre constei às páginas do livro, e não do PDF – para quem quiser checar certas passagens, avisando de antemão, que fiz meu melhor, mas que isso não me isenta de erros. Porém, creio que o sentido geral está correto e principalmente certas passagens chaves.

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CAPÍTULO OITO

A resposta

[...]

SEM DOR, SEM VALOR

"Agora, vamos à pergunta", disse John. "A pergunta Elizabeth geralmente não é de grande preocupação para uma pessoa que é saudável, ativa e fluindo na vida. Mas, mais cedo ou mais tarde, cada alma em seu progresso alcança algum tipo de crise ou problema de vida e olha para os céus para algum ser invisível e pergunta:

Por que eu Deus??? Ou pode ser: Por que minha esposa? ou Por que meu filho? ou Por que meus pais?

Ela quer saber por que este sofrimento a aflige e não outros que parecem ricamente merecê-lo. Ela ouve que Deus é amor, mas se Ele é amoroso, então por que Ele permite isto?"

John pausou um momento e depois continuou: "Se e quando você terminar os 36 princípios, a resposta a isso será bastante clara em seu mente. Por exemplo, quando você entende quem e o que Deus é, será uma grande ajuda, mas por enquanto vamos nos ater ao básico".

"Há grandes verdades escondidas em algumas das máximas deste mundo. Por exemplo, você já ouviu a frase "sem dor, sem valor / sem ganho". NO PAIN, NO GAIN.

Nós dois acenamos com a cabeça.

"Esta afirmação é tão boa quanto às escrituras. Você acha que algum campeão olímpico chegou onde chegou sem uma grande dor? Que tal um empresário de sucesso, um inventor, um grande ator? Todos eles tiveram que passar por experiências dolorosas ou fazer sacrifícios dolorosos. Mas, no final, a dor produziu ganho.

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"Agora um ponto interessante aqui é que estes indivíduos de sucesso voluntariaram-se para a dor porque tinham fé que a dor produziria ganhos. O corredor empurra dolorosamente seu corpo porque ele acredita que isso resultará em um corpo mais forte e eventualmente a alegria da realização e da vitória.

SE O CORPO FALASSE...

"Imaginemos que várias partes de seu corpo tenham vida e consciência próprias. Veja seus pulmões como uma entidade, seu coração como outra, seus músculos ainda outra e seu cérebro como uma quarta entidade. Você é a pessoa inteira e está a cargo da entidade geral tomando de decisões quanto ao que é bom para o todo.

Digamos que o cérebro quer ler um livro, os músculos querem dormir porque estão cansados, os pulmões querem um pouco de ar fresco e o coração quer um pouco de romance. O problema é que eles não podem fazer todas as coisas - eles só podem fazer uma delas. Quem decide? Se o  cérebro decide o tempo todo o corpo inteiro passará todo o tempo lendo e nunca conseguirá ar fresco para os pulmões. Se o coração força o corpo a passar todo o tempo livre em romance, o cérebro var se entediar até a morte. É uma sorte que a tomada de decisão cabe a você - a pessoa inteira que dirige o corpo. Você toma decisões para o corpo, levando o todo em consideração. Suas decisões podem não ser perfeitas, mas são muito melhores para o inteiro do que se a energia fosse transformada em uma parte".

"Então você está dizendo que eu sou parte de um todo maior e  que este conjunto maior está me fazendo sofrer por um benefício maior de algo maior do que eu"... Elizabeth perguntou.

"Isso é parte da resposta", John acenou com a cabeça. "Agora, para visualizar mais claramente, vamos supor que você decida que vai ser um corredor campeão de longa distância. Quando você começar seu treinamento nenhuma destas quatro vidas que mencionei será feliz. Durante a prática da corrida o cérebro vai ter muito sangue correndo através dele sendo até mesmo incapaz de pensar. Os pulmões vão sentir como se estivessem em chamas e prontos para explodir. Os músculos vão doer e sentir como se estivessem no limite e não pudessem continuar, e o coração vai bombear como louco pensando que está sendo torturado. Todas estas pequenas vidas estão gritando a pergunta:

- Por que isso está acontecendo conosco? Qual é o propósito de tudo isso?

"Então chega a hora, meses depois, em que o corpo está perfeito, afinado e pronto para a competição. O que sentem estas pequenas vidas sobre ser empurrado agora? O cérebro percebe que recebe mais oxigênio e pensa e funciona muito melhor. Os pulmões estão felizes pois têm que respirar cerca da metade da frequência como costumavam e a respiração é muito mais fácil. Os músculos estão cientes de que o peso do corpo parece muito mais leve e eles não precisam mais de tanto descanso. Finalmente, o coração, como os pulmões, parecem ser capazes de descansar mais e não tem que bater tão frequentemente ou com tanto esforço quanto costumava ser. No final, todos eles pensam o mesmo:

- Nós temos passado através de muita dor, e não gostávamos disso na época, mas agora a vida parece mais fácil, mais plena e mais gratificante.

[Calma - o livro NÃO é uma apologia ao sofrimento e a dor - apenas enfatiza alguns aspectos dentro de um contexto muito mais amplo e os descrentes e rebeldes vão gostar das perguntas provocativas de Elizabeth - esposa do autor].


AS PARTES INFLUEM SOBRE O TODO

"Agora", disse John, aproximando sua cadeira da mesa, "nós vamos aproximar essa analogia para cá. Pode nos parecer que somos as vidas mais elevadas do universo e que o que fazemos só afeta a nós mesmos. Mas não é assim. Cada um de nós tem laços invisíveis com a família, amigos, cidade, estado e qualquer outra vida neste planeta e até mesmo com o universo. Todos os citados são vários corpos superiores nos quais interagimos e produzimos efeito. Estamos ligados a essas outras vidas através do Espírito Santo, que é o juiz final quanto às circunstâncias que serão trazidas em jogo que beneficiará o todo".

"Então, você está dizendo que o Espírito de Deus decidiu fazer-me mal para beneficiar o inteiro de alguma forma"... Elizabeth perguntou com raiva. "Bem, eu não acho que minha doença está beneficiando qualquer pessoa ou qualquer coisa. Na verdade, ela está me impedindo de fazer muitas coisas boas que eu sempre quis fazer".

Ela parecia pronta para deixar a sala.

"Pode parecer que sim", respondeu John com suavidade e paciência. "Mas para uma maior compreensão, você deve perceber que existem dois que estão passando por uma experiência dolorosa aqui. Em alguns aspectos seu marido sofre mais dor do que você. Quando um ente querido está sofrendo através do que parece não ser culpa sua e você não pode fazer nada a respeito, o desamparo é muito doloroso.

Acredite em mim, eu sei. Eu estive na situação de Joseph [autor ou Joe], há muito tempo".

Depois de uma longa pausa, Elizabeth suspirou, com os olhos ligeiramente lacrimejantes: "Você provavelmente está certo. Ele também tem que trabalhar muito mais do que ele costumava, e ter condições de cuidar de tudo. Agora está até fazendo tarefas domésticas. Acreditem, isso é a prova de que ele me ama. Então eu provavelmente lhe trarei dor adicional, reclamando também muito..."

"Você não reclama tanto quando está doente como os outros reclamam quando estão bem", assegurei a ela.

"Na verdade", disse John, "a analogia até agora se aplica mais a Joseph do que a você. Como a história das quatro pequenas vidas, Joseph, sem culpa própria, se viu casado com uma pessoa com uma doença incurável. Ele, como todos nós,  nos encontramos em situações que tivemos aparentemente pouco ou nenhum poder na criação, e uma vez lá nós apenas temos que lidar com isso o melhor que pudermos. Como o cérebro, ele tinha que renunciar a estudos agradáveis. Como os pulmões, ele teve que se esforçar mais para fornecer oxigênio ou dinheiro para manter tudo funcionando sem problemas. Como os músculos, ele tinha que ser mais ativo e assumir uma carga maior. Como o coração, ele tinha que colocar o romance em segundo plano e concentrar-se apenas em manter vivo seu relacionamento por meio do bombeamento mais difícil de manter a energia que dá vida circulando entre vocês dois. Mais tarde, assim como as quatro vidinhas, Joseph descobrirá que ele tem mais liberdade, poder e força do que ele jamais teve antes".

"Isso tudo é muito interessante", disse Elizabeth, abanando a cabeça, "mas ainda estou no escuro quanto ao porquê de eu ter que sofrer esta doença". Não me diga que é só para que meu marido possa ter uma maior experiência".

"De jeito nenhum", respondeu John. "Entretanto, isso pode ser parte da razão pela qual o Espírito enviou uma carga de energia que levou Joseph a se apaixonar por você e casar com você. Mas os benefícios de sua doença para Joseph são apenas benefícios colaterais que todos nós pegamos na estrada da vida se lidarmos corretamente com nossas situações à medida que elas surgem".

"Você deu a volta à minha pergunta, mas não respondeu ainda. Por que você simplesmente não me diz," Elizabeth suplicou, sua voz tremendo.

John olhou nos olhos de Elizabeth e respondeu suave e lentamente:

 "Sempre que você encontrar um verdadeiro professor espiritual digno de seu valor ele raramente lhe responderá de forma direta. Em vez disso, ele circula ao redor do pensamento central, então quando a resposta finalmente se manifestar, será compreendido. Agora é isso que estou prestes a fazer. Por que  coisas, tais como sua doença, acontecem com pessoas boas?

"Como eu disse antes, você é parte de um todo maior que é uno pelo Espírito Santo. Cada pessoa em sua vida individual tem uma grande LIÇÃO que ela deve aprender, uma HABILIDADE ou talento que deve desenvolver e uma QUALIDADE que  deve melhorar. Este triângulo de aprendizagem nunca é fácil e é sempre uma luta.

Por exemplo, se uma certa pessoa nasceu com a capacidade natural para tocar piano, a lição geralmente não estaria diretamente ligada com ele porque internamente isto é algo que já é dominado. Em vez disso, o piano pode ser uma distração para tentá-lo longe de sua verdadeira lição, que pode estar em uma direção oposta como a construção pesada. Se ela é levada por sua alma a se tornar um músico famoso, a lição poderia estar relacionada com a fama e não o talento em si".

Elizabeth interrompeu: "Desde que eu era jovem eu tinha um talento para desenho. Eu nunca tive aulas, mas conseguia desenhar qualquer coisa em instantes e ficava ótimo. Assim quando eu estava pensando

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em desenvolver esse talento mais plenamente eu peguei essa doença. Agora minhas mãos tremem muito para ser capaz de desenhar.”

"Esta habilidade, que você teve naturalmente, foi sua tentação de desviar você de seu verdadeiro chamado para melhorar a si mesmo e para ser mais útil para o todo, tornando-se assim uma pessoa inteira (santa)".

"Então o que eu devo aprender?" perguntou Elizabeth.


O APRENDIZADO NÃO ESTÁ NOS TALENTOS...

"Como eu disse, a coisa que você deve aprender é algo onde geralmente não é muito talentoso e naturalmente resiste em algum grau.

Quando o grau de resistência se torna muito grande e você não está ouvindo ou vendo as mensagens que o Espírito está enviando a você, então a mensagem deve ser enviada com mais força. Se resistir novamente pode surgir uma doença potencialmente fatal, tal como sua que a obriga a olhar para cima e gritar porque eu Deus..."

"Eu já fiz isso antes", disse Elizabeth. "Então, a que estou resistindo?"

"Pense", sugeriu John. "Pense em situações em que você parece continuar se repetindo, forçando você a fazer ou trabalhar em algo que você não quer particularmente fazer".

"Eu sei o que gosto",  falei. [Joseph].

"Eu sempre gostei de fazer coisas criativas, especialmente escrita de todos os tipos e eu sempre fui forçado a situações em que não tenho tempo para esforços criativos e sempre acabo fazendo algo em vendas ou negócios para ganhar o dinheiro que preciso. Eu costumava odiar as vendas e os negócios, mas agora eu estou me tornando bom nisso. Eu aprecio os negócios e talento de vendas, tanto ou mais do que eu faria como artista".

"E é por isso que você é saudável", disse John. "Você eventualmente cedeu às forças que o empurraram para sua lição e está fazendo progressos. Desde que você esteja progredindo em sua lição,  sua alma não tem que lhe enviar grande dor para mover você pra frente".

"Então a que Elizabeth está resistindo?" perguntei novamente.

"Ela deve examinar as experiências de sua vida, olhar para dentro, tocar as bases através da PEQUENA VOZ SILENCIOSA, descobrir o que ela tem evitado fazer, e fazê-lo".

"Como saberei quando o tiver encontrado"?

"Vai parecer muito certo e bom quando você finalmente ceder a ele". disse John.

"Então, qual é a lição de sua doença?"  perguntei.

"Toda doença é um professor", disse John. Você deve olhar para a doença, ver onde ela está localizada e o efeito será discernir a lição a aprender.

Por exemplo, as doenças cardíacas estão tentando nos ensinar algo conectado com o coração. O coração é a sede do amor espiritual. Talvez é hora de você aprender o valor e expressão do amor - que é uma oitava mais alta do amor passional ou do amor possessivo - se você resiste, então o coração se torna débil como uma mensagem para você de que sua expressão de amor é mais fraca do que deveria ser".

"Mas eu tive alguns amigos com problemas cardíacos e eles pareciam pessoas muito simpáticas", exclamou Elizabeth. "Por outro lado, Elizabeth exclamou, eu conheci algumas pessoas cruéis que parecem não saber o que o amor é de todo, mas tem um coração saudável. Como você explica isso"?

"As pessoas cruéis que você menciona ainda não estão prontas para aprender sobre o amor espiritual tanto que suas almas não tentam sequer ensinar trazendo-lhes a dor nessa direção. Talvez os cruéis precisem começar com uma lição mais simples. Talvez  seja apenas supostamente aprender o valor de dar e receber carinho. Talvez ele esteja sofrendo através de uma tremenda dor e rejeição porque ele não está recebendo nenhum carinho de ninguém. Talvez  a rejeição o deixa louco até que finalmente ele cede e dê esse carinho . Para ele isso é um grande passo, mas  nós nos perguntamos por que qualquer um teria um problema com isso?".

 

TODAS DOENÇAS SE DIVIDEM EM DUAS GRANDES CATEGORIAS

"Então, qual é a lição do câncer?" Eu perguntei, ficando quites, mas interessado.

"Ah, câncer", disse John. "Muitas grandes almas morreram disso", um dos professores mais dolorosos de todos.

"Todas as doenças se encaixam em duas categorias.

A primeira é o congestionamento!

Isto é causado pela retenção em excesso, como por exemplo, na supressão ou negação.

A segunda é a inflamação.

Isto é causado por não segurar em quantidade suficiente e liberando mais energia do que você absorver.

Câncer é causado pelo congestionamento. A pessoa mantém ou reprime energia ou sentimentos que precisam ser liberados, e esta produz um crescimento que é simbólico do desejo inédito ou sentimento.

[EXEMPLO MUITO CHAVE]

"Suponhamos que você se vê como uma boa pessoa que mantém contato com um indivíduo rude que fere seus sentimentos.

Você tem três opções.

Primeiro: você pode ferir seus sentimentos também; segundo, você pode liberar sua mágoa dizendo a essa pessoa como ela fez você se sentir; ou terceiro: você pode ser uma pessoa legal e evitar conflitos, fingindo que tudo está bem.

"Esta terceira alternativa que muitos escolhem é de longe a pior escolha.

Primeiro, ela encoraja a pessoa rude a continuar em seu comportamento, e, segundo, é uma decepção que o Espírito da Verdade não permitirá permanecer para sempre em uma alma em evolução. As pessoas pensam que a mentira mais comum  é sobre o cheque que está no correio.

[Acho que alude a algo popular nos EUA, que alguém promete que o cheque já foi enviado... mas nunca chega – claro isso foi na década de 80, onde era comum o uso de cheques].

Mas na realidade é a comunicação que diz: Estou bem. Você não me machucou, que é a maior mentira.

"É permitido às almas mais jovens mentirem e se safarem. Como crianças que escapam com certas coisas devido à falta de compreensão. Mas quando uma pessoa chega a certo estágio de progresso, esta grande mentira não é mais tolerada e a lição deve ser aprendida.

"O câncer é causado por muitos tipos de supressão. Magoar os sentimentos, como eu disse, é um grande fator; a negação de sentimento é outra, e a falta de realização sexual devido à falta de comunicação, má comunicação ou a culpa é outra. Todos envolvem engano de algum tipo".

"Você está circulando em torno da resposta novamente", disse Elizabeth. “ Posso ver que este método de ensino tem o efeito de estimular interesse. Agora estou mais curiosa do que nunca sobre o que você dirá sobre minha doença".

"Isso é como deveria ser", John sorriu. "Toda doença tem tanto os ingredientes físicos quanto os espirituais que afetam o problema. Por exemplo, as pessoas pensam que o contato com germes produz certas doenças, mas duas pessoas podem inalar os mesmos germes e uma pode ficar doente e o outro não ser afetado. Talvez aquele que não ficou doente estava em melhor forma física, mas com mais frequência estava em mais harmonia com sua alma naquela área em que a doença tem uma lição a ensinar.


EM – ESCLEROSE MÚLTIPLA

"A Esclerose Múltipla era muito rara antes de cem anos atrás.

E ainda hoje raramente ocorre nas sociedades menos civilizadas. Parte da razão disso são nossos alimentos excessivamente processados e desvitalizados.

Outro é a dos produtos químicos e venenos a que a civilização é atualmente exposta. Você já ouviu a teoria de que o enchimento com mercúrio [nos dentes] pode trazer a EM?  Há um grão de verdade nisto, mas Joseph tem mais mercúrio em sua boca do que você tem, mas não é afetado. A diferença está na razão espiritual.

"A sede do problema está no cérebro e no sistema nervoso. Na EM há uma perda de uma camada protetora de gordura entre o cérebro e os nervos, causando um mau funcionamento ou perda de comunicação entre o cérebro e o importantíssimo sistema nervoso.

"Espiritualmente, nosso sistema nervoso precisa de certa quantidade de proteção de nossos pensamentos, da atividade cerebral e de nossos medos, que nossos cérebros [a mente] e sentimentos tendem a se ampliar".

 "A EM é basicamente causada pela falha em direcionar corretamente os pensamentos e medos em seu devido lugar.

O paciente deve perceber que, sem controle, medos e pensamentos podem correr desenfreadamente e destruir a a camada de proteção sobre os nervos. Quando pensamentos e medos desmedidos interagem diretamente sobre o sistema nervoso uma correspondência física pode acontecer e a pessoa pode ficar doente".

"Então eu não tive EM porque de alguma forma eu não deixo que meus pensamentos e medos afetem meu sistema nervoso"... perguntei. [Joseph pergunta].

"Você cria a proteção de que precisa, mudando sua atenção de pensamentos e medos destrutivos. Esta mudança de atenção dá ao seu sistema nervoso o descanso necessário. Por outro lado, Elizabeth reprime pensamentos e medos indesejados. Isto dá a Elizabeth a aparência de descansar os nervos, mas seu efeito é o oposto.

Em vez disso, ela tem outra decepção produzindo um efeito destrutivo. Ao se enganar e fingir que certos pensamentos e medos não existem, cria-se uma situação perigosa e temos outra doença de congestão como resultado".

"Então que pensamentos e medos eu finjo que não existem?" perguntou Elizabeth, inclinando-se para frente.

"Infelizmente, não seria correto para mim explicar completamente isso para você neste momento. Posso ensiná-la em torno de um princípio, mas você deve fazer uma certa quantidade de busca de alma ou você mesmo estará negando uma grande experiência de crescimento". Ele pausou um momento e disse: "Aqui, deixe-me tocar sua testa".

John atravessou a mesa [com o corpo] e tocou-lhe na testa com a ponta dos dedos de sua mão direita.

 "Deixe a energia fluir para um momento", disse ele, fechando os olhos. Ele respirou muito e devagar, e exalou suave e uniformemente.

Ficamos todos em silêncio por um curto período de tempo.

"Pronto", disse John. "Você se sentirá mais forte por alguns dias". Fiz isso para que você tenha fé de que pode ser curada".

"Eu me sinto mais forte"! Elizabeth disse, obviamente surpresa. Ela olhou John com grande emoção em seus olhos. "Se você é realmente João, o Amado, você pode me curar como as pessoas foram curadas por Jesus?”

John pausou em pensamento em seu passado. "Muitas curas foram permitidas naquela época, porque era extremamente importante como testemunha do Filho de Deus. O bem que resultou compensou o mal, mas houve alguns problemas para aqueles que foram curados que não estavam prontos. É também muito importante que você seja curado para que você possa ajudar Joseph com o trabalho que ele tem que fazer, mas o problema é que você vai precisar dos benefícios do conhecimento e da capacidade conquistada com a cura para cumprir corretamente sua própria missão".

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"Isto significa que eu posso ser curada", perguntou ela com entusiasmo.

"Definitivamente, mas tanto você quanto seu marido devem fazer a sua parte". Você está em uma corrida contra o tempo. Você deve conseguir a cura enquanto suas interações cérebro-corpo ainda estão intactas, ou pode ser tarde demais.

Se você e Joseph puderem resolver as três primeiras chaves do conhecimento antes que isso aconteça, você será curada. Por outro lado, você pode ser curada antes  através da ação, pensamento e fé corretas".

"Dizer a ela algo assim não aumenta os medos e pensamentos indesejados"? eu perguntei. "Esse estresse não vai fazer com que as coisas piorem?"

"Se for tratada corretamente, ela será forçada a lidar com seus pensamentos e temores para aprender a colocá-los em seu devido lugar", John respondeu, levantando-se para sair. "Isto é o mais longe que podemos ir agora".

Tem sido um prazer". Quando eu estava abrindo a porta para John sair, perguntei: "Como você sabia que eu tenho mais mercúrio do que Elizabeth"?

"Você vai descobrir na hora certa", sorriu ele.

"Deixe-me levá-lo para casa", eu ofereci.

"Está tudo bem. Está uma noite agradável para um passeio".

"Mas deve ser 5 milhas para onde quer que você viva."

"Não importa". Caminhar e organizar seus pensamentos é uma coisa muito saudável". Ao caminhar pela noite, ele me lembrou de Kane na série Kung Fu. Desta vez eu pensei que ele tinha desaparecido à distância, mas eu não tinha certeza. Afinal de contas, estava bastante escuro.

 

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CAPÍTULO NOVE

Quem somos nós, de verdade?


Eu fechei a porta atrás de mim e caminhei até Elizabeth.

"O que você acha?" perguntei eu.

"Ele é interessante", disse ela. Eu pude ver pela luz que havia nos olhos dela - algo que eu não via há muito tempo - que a esperança tinha retornado.

"Você acha que ele é de verdade?" perguntei com cuidado.

"Não sei ao certo. Algo sobre ele é muito convincente".

"Uma passagem sobre Jesus vem à minha mente", disse eu, limpando a mesa. "Diz que Ele ensinou como quem tem autoridade, não como um dos escribas. John parece ensinar com uma autoridade ou conhecimento por trás do que ele diz, ao contrário de qualquer professor que já ouvi".

"Isso vai além disso", acrescentou Elizabeth. "Eu definitivamente senti algo quando ele me tocou. Juro que acho que posso me levantar". Ela empurrou para frente sua cadeira. "Pegue minha mão", ordenou ela.

"Você não vai tentar se levantar, vai?" Eu disse "Andando" até  ela.

"Sinto que posso ficar de pé. Puxa-me para cima", insistiu ela.

"Não sei", disse eu, dando-lhe uma mão bastante mole.

Ela agarrou e puxou. Seu puxão me fez puxar para trás até ela estar de pé.

"Eu não acredito!" exclamei. "Você não fica de pé há meses".

"Acho que posso andar!", exclamou ela enquanto dava um passo. Depois ela pegou outra, soltou minha mão. Em seguida caminhou lentamente do outro lado da sala e descansou contra a parede. Ela irradiava como um vencedor olímpico na linha de chegada.

"É um milagre", eu gritei.

"John disse que eu teria aumentado a força por alguns dias".

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Elizabeth advertiu, andando devagar para frente e para trás pela sala.

"Como isto é temporário, acho que devemos dar uma caminhada enquanto eu tenho a força".

"Você acha que pode?"

"Há uma maneira de descobrir", disse ela. "Pegue nossos casacos e vamos respirar um pouco de ar fresco".

Às vezes não havia como dizer não a Elizabeth. Eu tinha que, pelo menos, fazer-lhe a vontade. Eu tenho os casacos. "Por que você está tão determinado para dar um passeio?" eu perguntei.

"Havia algo na voz de John quando ele estava saindo.

Lembre-se do que ele disse - algo como caminhar o ajuda a organizar seus pensamentos. Ele disse algo sobre colocar meus pensamentos e medos em seu lugar certo, para que não sejam mais destrutivos".

Então Elizabeth pegou meu braço e saiu pela porta e com uma força e determinação que me causou surpresa. Logo estávamos andando na rua em um ritmo mais acelerado do que eu tinha pensado ser possível. "Vamos em direção aos contrafortes onde costumávamos ir", sugeriu ela com uma voz infantil.

Eu não podia desanimá-la neste momento. Vivíamos apenas alguns blocos a partir de alguns belos contrafortes que não fomos capazes de explorar desde a doença. Nós nos dirigimos para eles e para o meu agradável surpresa Elizabeth parecia ter a força para continuar.

"É tão bom poder caminhar novamente", ela inspirou profundamente.

"Nunca me senti tão bem em minha vida". Até o ar parece que é carregado de vida".

"Basta pensar em todas as caminhadas que poderíamos ter feito juntos, mas não fizemos", disse eu. "Você sabe que eu nunca tinha pensado nisso antes, mas posso ver como as caminhadas podem tirar sua mente de seus problemas. Basta olhar para a beleza deste lugar! Como pode uma pessoa ser temerosa ou preocupante enquanto caminha através deles?"

"Acho que posso ver como John estava certo", disse Elizabeth. "Por vários anos antes de minha doença, e talvez ainda mais depois  da minha doença, tive minha atenção voltada sobre meus problemas e meus medos.

Mesmo quando eu parecia estar tomando as devidas providências, minhas preocupações ainda estavam lá me roendo. Se meu cérebro precisou de um descanso, posso ver como não o conseguiu. Por outro lado, parece que seu cérebro não descansa também".

"Você nem sempre pode dizer o que está acontecendo lá dentro, olhando ou mesmo morando com alguém", eu respondi. "Acho que sou bem sucedido   impedindo que medos e pensamentos indesejados me afetem continuamente...

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Mesmo quando tenho pouco tempo ou estou sob muita pressão, eu ponho de lado períodos de tempo onde meus pensamentos indesejáveis e os medos são desviados. “Eles não são reprimidos, mas como que em hibernação”. Depois é como se uma luz estivesse acesa na minha cabeça.

"Talvez fosse mais preciso dizer que é como se eu tivesse criado um lugar para eles e os colocado lá. Esse é o caminho que John colocou, não é?"

"Sim", ela acenou com a cabeça. "Ele disse algo sobre enviar  nossos pensamentos e medos para seu lugar certo. É um pouco assim que eu me sinto agora, como se meus pensamentos e medos indesejados estivessem guardados atrás de algumas portas trancadas em algum lugar. Agora mesmo, enquanto caminhamos através destas belas colinas, eles não têm poder sobre mim. Isto é a primeira vez desde a minha doença que me lembro de me sentir assim".

"Talvez isso signifique que você está curada", eu disse com esperança. Seria bom demais para ser verdade, eu pensava, mas os milagres acontecem.

"Eu não sei. John disse que teria acrescentado força para uns poucos dias. É como se alguma outra vontade, além da minha própria, estivesse mantendo aquelas portas simbólicas trancadas e que me tornam seguro por um período de tempo. Ele disse que eu poderia ser curada se resolvêssemos as três primeiras chaves.

Talvez devêssemos levar a sério esse programa de perguntas e respostas dele. Você disse algo sobre a importância de fazer a pergunta certa. Diga-me novamente a formulação exata". 

Sentamos em algumas rochas para descanso.

"Não foi apenas QUEM SOU EU? mas QUEM ou O QUE SOU EU?".

"E que respostas você lhe deu que ele disse que não eram corretas"...

"Ele não disse que elas não estavam corretas, mas implicou que  minhas respostas não significavam nada. Aparentemente, há uma resposta essencial. Eu tenho que encontrar".

"Diga-me as respostas que você lhe deu que não eram as certas".

"Primeiro eu disse que eu era um ser humano".

"Bem, quando olho para seu escritório, às vezes me pergunto sobre isso", ela sorriu.

"Você está se sentindo melhor, não está?" Eu me abstraí.

"O que mais você disse?"

"Eu disse  ser um espírito, uma alma, um filho de Deus". “Nenhuma delas certo”.

"Bem, você pensaria que nossa essência seria algum tipo de espírito ou espiritual. Por que ele disse que não era assim?".

"Ele disse que dizer que eu sou espírito não significa nada". “Ele me pediu para definir o espírito e eu não podia dizer nada inteligente".

"Então ele quer que você diga algo definitivo sobre quem você é, e se você não sabe o que é espírito, não significa nada a dizer você é espírito"?

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"Eu acho que é algo assim", respondi.

"Você já pensou mais sobre quem ou o que você é?".

"Alguma coisa".

"O que você descobriu?"

"Não muito". E você? Você pode deduzir alguma coisa?"

"Bem. Eu sempre acho que é bom apenas sacudir o que quer que venha para pensar, fazer uma lista e ver se alguma coisa faz algum sentido".

"Eu já me desviei bastante de minha lista", disse eu. "Vamos passar sua lista, talvez do ponto de vista de uma mulher".

"Homem inteligente". "Entregue-o a uma mulher quando você chegar a um impasse".

"OK. Vamos ver o que você tem".

"QUEM ou O QUE EU SOU? Vamos ver". 

Elizabeth se levantou e começamos a caminhar novamente. 

"Além do que você disse, eu poderia acrescentar que sou meus pensamentos, meus sentimentos, minha personalidade... Eu sou como eu me pareço. Eu sou mulher. Você sabia que muitas mulheres definem quem elas são em relação a sua casa? Que a casa é uma extensão de si mesmos"?

"Acho que você mencionou isso para mim. Sua lista soa tão bem quanto minha. De alguma forma, acho que não temos a resposta. Vamos escrever nossos pensamentos quando chegarmos em casa e eu os apresentarei a John em nossa próxima sessão".

"Acho que isso é tudo o que podemos fazer".

"Há mais uma coisa que eu acho que vou fazer".

"O que é isso?", perguntou ela.

"Vou tomar  café da manhã com o Wayne amanhã. Ele foi um bom amigo durante anos e um filósofo amador. Eu acho que vou fazer-lhe a pergunta".

Elizabeth olhou para mim ansiosamente. "Você não disse que John disse para você ainda não contar a ninguém sobre isso"?

"Ele me disse para não contar a ninguém sobre ele". Ele não colocou nenhuma restrição sobre como posso encontrar as respostas".

"Bem, não faça nada para estragar isso", disse ela, apertando meu braço. "Ele disse que se dominarmos os três primeiros princípios eu serei curada".

"John disse para ouvir suas palavras exatas e suas palavras exatas não me proíbem de colocar  isso para fora com Wayne". 

"Até agora não fizemos nada tão bom. Talvez o Wayne nos dê uma ideia ou duas".

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Na manhã seguinte encontrei  Wayne em nosso café favorito. Wayne era um velho amigo de minha idade que tinha seu próprio negócio. Ele dirigia um negócio de jardinagem e fazia um pouco de tudo para seus clientes - poda, corte, controle de pragas e assim por diante. Ele se parecia com um cara normal de trocadilho e geralmente usava um chapéu de cowboy. Você nunca pensaria, olhando para ele, que ele passou algum tempo pensando sobre o sentido da vida. Mas ele gostava de se reunir comigo para o café da manhã pelo menos uma vez por semana e apenas falar de filosofia, religião, a nova era, a política, o sentido da vida ou o que quer que seja.

Ambos tínhamos respeito um pelo outro como dois pensadores que pareciam  ser um pouco mais profundos no significado das coisas do que  pessoas comuns.

Esta manhã eu esperava que ele estivesse no seu melhor momento filosófico.

"Como tem sido sua semana?" Perguntei-lhe após  a garçonete nos levar para uma mesa.

"Você não vai quer saber", disse ele com uma dolorosa expressão em seu rosto.

Embora Wayne fosse um grande filósofo, ele não tinha aperfeiçoada a arte de destilar sua inteligência até o ponto de correr seu negócio sem percalços. Parecia que toda vez que nos reuníamos ele tinha uma história de horror de alguma ação dispendiosa que um de seus funcionários tomou. Há vários meses, um fugiu com cerca de 10.000 dólares no valor de ferramentas apenas alguns dias depois que Wayne o resgatou da prisão. Somente na semana passada, um deles apareceu à sua porta com sua esposa e crianças por terem sido despejadas. A razão? Ele gastou seu dinheiro de aluguel em drogas. Wayne ficou fora de si nesse caso.

Apesar de me sentir mal por meu bom amigo ter tantos problemas em seus negócios eu sempre tive curiosidade em saber o que aconteceu. Eu nunca poderia simplesmente deixá-lo escapar. "OK Wayne". Conte-me a história".

[pulei esta parte – prossegue no final da página 51]

Fiquei feliz por não lhe pedir conselhos comerciais. Filosofia sim, Wayne era tão bom quanto qualquer um que eu conhecia, mas os negócios não pareciam ser seu talento. No entanto, eu o admirava por manter-se nele, apesar de todos os contratempos. Ele parecia estar ficando um pouco mais sábio no mundo real.

"Tenho uma pergunta filosófica para você", disse eu, mudando o assunto.

"Qualquer coisa para tirar minha mente dos meus homens", disse ele. "Eu lhe disse que eu

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não queria falar sobre meus problemas".

 

EXPONDO A PERGUNTA DE JOHN A WAYNE

"OK. Aqui está a situação". Eu me inclinei para frente e pedi no  mais suave tom de modo a não ser ouvido por acaso.

"Digamos que você tem uma visão e Deus aparece para você".

"Como Ele ou Ela se parece?" Wayne perguntou com um sorriso.

"Isso não importa. Apenas suponha que Deus aparece a você e lhe oferece um acordo".

"Que tipo de acordo?" Wayne parecia estar desviando sua atenção de seus problemas ao seu modo filosófico.

Pensei cuidadosamente. Não consegui falar-lhe de John. 

"Digamos que Deus lhe diz que se você puder responder a uma simples pergunta, Ele lhe dará três desejos".

"Eu poderia usar três desejos". Eu daria uma facada". Por que não?

Qual é a pergunta?"


"A questão é esta: QUEM OU O QUE SOU EU?"

WHO or WHAT AM I?

Agora aqui está o que não é a resposta. Não é um ser humano, um filho de Deus, um espírito ou uma alma. Portanto, se Deus diz que nenhum destes são  respostas corretas, o que poderia ser"?

"Esta é uma linha estranha de questionamento para você", disse Wayne, olhando para mim de forma suspeita. "Você tem certeza de que não foi atingido na cabeça e viu o Grande Cara [Deus]"?

"Não. Nada disso". Eu tentei parecer indiferente, mas eu não sabia se Wayne adivinhava ou não que algo estava acontecendo.

"Só estava pensando um pouco. Quero aqui sua resposta séria.

Como você responderia à pergunta?"

"OK. Eu  vou jogar [brincar] junto. Não filho de Deus, não humano, não espírito, não alma. Bem, Jesus disse algo interessante sobre quem nós somos que não está em nenhuma dessas categorias".

"Isso pode ser útil". O que ele disse?"

"Ele disse que nós somos deuses".

"Isso soa como ensinamentos mórmons." Eu estudei um pouco sobre diferentes ensinamentos religiosos e o Wayne também.

"Sim, os mórmons têm uma inclinação nessa direção, mas, além disso para eles, há bilhões de pessoas na Terra com algum tipo de crença de que o homem é um deus de algum tipo. A maioria dos cristãos acreditam que esta doutrina é heresia, no entanto".

"Mas você está me dizendo que Jesus realmente disse isso na Bíblia?

Como isso é expresso atualmente"?

Wayne tomou um gole de café e se inclinou para frente. "Eu me lembro claramente três palavras que ele disse. “Vós sois deuses".

"Jesus nos chamou de deuses?" perguntei em tons abafados. Eu me lembro a Bíblia nos chamando de Filhos de Deus, mas Deuses? Você se lembra... onde está essa escrito"?

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"Tenho quase certeza que está no evangelho de John".

"John?" Eu cuspi, derramando várias gotas de café a minha volta.

"Cuidado aí", sorriu Wayne. "Você tem certeza de que não teve alguma visão ou algo assim? Você parece pálido". Ele olhou com cuidado no meu rosto.

"Ultimamente eu não tenho certeza de nada",  disse em tom de lamento. "Você realmente acha que Jesus disse isso no livro de João?"

"Como eu disse, tenho quase certeza". O próprio João, o Amado, gravou isso. Ele foi definitivamente o melhor autor do Novo Testamento. Tenha em mente que a maioria dos cristãos não pensa que ele era sério ao nos dizer que somos deuses".

"Então, o que você acha? Você acha que somos deuses?"

"Veja desta maneira", disse Wayne. "Deus, supostamente, pode estar em todos os lugares, certo?"

"É o que eles dizem".

"Você ocupa um pouco daquele espaço que eles chamam em todos os lugares, não é...?

[“You occupy some of that space they call everywhere, don’t you?” ]

"Sim".

"Então, Deus está no espaço que você ocupa?"

"Se Ele está em todos os lugares, então a resposta é sim".

"Isso significa que Deus está em você".

"Sim novamente".

"Então, Deus estaria em seu coração, cérebro, fígado e até mesmo em suas células"...

"Bem, todas elas fazem parte de todos os lugares. Se Deus é onipresente então eu acho que Ele estaria em cada átomo do meu corpo". Eu estava pegando o raciocínio do Wayne.

"Portanto, se Deus está em cada átomo do seu corpo, você é feito de Deus. Segue-se então que você é Deus. Se está em você e através, então é você".

"Então, você acha que isso é verdade? Você realmente acha que nós somos Deuses..."

"Diabos, eu não sei", disse Wayne, inclinando-se para trás em seu assento.

"Não estou nem cem por cento certo de que exista um Deus". Às vezes nem tenho certeza se estou aqui na Terra. Talvez tudo seja apenas um grande sonho e quando acordamos não há nada lá. Ou talvez quando acordamos estejamos em algum lugar que faça sentido. Melhor ainda, talvez acordemos em uma ilha do mar do sul, cheia de belas meninas para cuidar de todas as nossas necessidades.”

Wayne sorriu diante deste pensamento. O pobre rapaz não tinha namorada há muito tempo.

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"Pensamento muito interessante, mas aquela passagem que você mencionou me interessa mais. Vou procurar quando chegar em casa", eu disse com entusiasmo. "Lembro-me vagamente de lê-la, mas nunca pensei no contexto de que poderíamos realmente ser deuses". Eu mal podia esperar para voltar para casa!

"Não leve isso muito a sério e espere que eu o venere", disse Wayne sorrindo. [Wayne faz gracejo com o fato que se todos somos deuses... e normalmente se veneram deuses...]

Eu encurtei nossa conversa e fui correndo para casa e comecei a pesquisar o livro de John [João]. Finalmente, encontrei a passagem no capítulo dez:

34 Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses? 35 Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada), 36 àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?

Depois de uma pequena pesquisa, percebi que a "lei" que Jesus mencionou era o livro de Salmos. Jesus parecia estar dizendo que aqueles que receberam a Lei de Deus ou as escrituras, foram chamados de deuses.

Talvez... talvez essa tenha sido a resposta. 

Nós somos mais do que humanos.

Nós somos deuses. Admito, porém, que me pareceu estranho pensar em mim  mesmo como um deus, mas aparentemente a resposta que John queria era não apenas sua fórmula padrão da escola dominical.

Peguei a Bíblia na minha mão e encontrei Elizabeth na sala  de estar. "Querida. Acho que talvez eu tenha a resposta".

Ela olhou para cima. "Não me diga que Wayne inventou algo para você"...

"Na verdade, ele fez. É um pouco fora das quatro paredes, mas pode ser justo o que que estamos procurando".

"OK. Dê-me isso".

"Nós somos deuses!" Eu exclamei. Eu mal consegui conter minha excitação.

Ela não parecia impressionada. "Wayne viria com algo assim", disse ela, olhando por cima do livro em seu colo.

"Wayne realmente não pensou nisso. Veja aqui na Bíblia".  E me movi em direção a ela. "Jesus o disse. Se Jesus disse isso, então isso tem que ser quem nós somos".

"Deixe-me ler por mim mesma", disse Elizabeth, tomando a Bíblia fora do meu alcance. Ela leu o capítulo inteiro.

"Eu me lembro desta passagem", disse ela depois de um tempo.

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"Eu estava tendo uma discussão com um mórmon uma vez e ele citou isso e me disse que nosso destino era sermos deuses. Eu estava um pouco agitada e telefonei para  ‘O Homem Responde à Bíblia’ numa estação de rádio".

"O que ele disse?" Eu perguntei curiosamente. Eu não sabia que ela ligava para estações de rádio sobre questões filosóficas.

"Ele disse que líamos mal as Escrituras, que o Salmo original estava fazendo graça do homem por causa de suas fragilidades. É um pouco como uma pessoa abaixando a outra dizendo: "Você se acha mesmo o máximo, não é mesmo? Um cara não acha realmente que o outro é gostoso. Ele só está tirando sarro".

"Então, esta passagem  é explicada com a ideia de que Deus está tirando uma de nós"?

"É basicamente isso que a maioria das pessoas com quem falei parece pensar".


JESUS REALMENTE DISSE: VÓS SOIS DEUSES!

"Deixe-me ter novamente essa Bíblia", disse eu. Eu li cuidadosamente  o SALMO 82 e o capítulo 10 de JOÃO . "Eu não sei". Eu li e eu acho que Jesus estava realmente dizendo que nós somos deuses. "Olha", eu disse, ajoelhado ao lado dela. "Ele usou a declaração como uma defesa para dizer que Ele era o Filho de Deus. Em outras palavras, se aqueles que receberam a lei são deuses, então por que fazer um grande negócio de uma declaração de Jesus de que Ele é o Filho de Deus"...

Elizabeth olhou para mim e sorriu. "Você percebe, não é, que há uma maneira de descobrir.

Eu me dei conta. "Sim. Sim", disse eu, "podemos perguntar a um homem que conheceu Jesus pessoalmente. Na verdade, ele é o homem que escreveu a Escritura"!

Eu ri. Isto foi irreal! [Hoje diríamos: Isso foi surreal].

"Ele deveria estar em seu trabalho de tocar o sino agora mesmo", disse Elizabeth. "Por que você não vai perguntar a ele?"

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CAPÍTULO DEZ

O Sonho

Dirigi até a Albertsons para procurar John novamente e perguntar sobre a questão de mais de dois mil anos de idade.

Dirigi pela esquina e vi a agora conhecida e familiar visão do tocador de sino. Eu estacionei, saí do carro e fui em direção a ele. "John!" Eu disse.

O tocador de sino se virou. Não eram os mesmos sinos, nem era o mesmo John.

"Onde está John?" eu perguntei.

"Quem é John?" respondeu o homem, um cara bastante escrupuloso, cerca de vinte anos mais novo que John.

"Ele é o cara que estava trabalhando aqui antes de você".

"Ah, esse cara. Eu não tenho certeza. Ele teve que sair da cidade".

"Quando ele vai voltar?"

"Eu não sei. As pessoas vêm e vão neste trabalho. As chances são dele nunca mais voltar".

"Há alguém que saiba?"

"Você pode verificar com o escritório regional".

Fui para casa e fiz vários telefonemas e finalmente encontrei alguém que se lembrava de John. Ele tinha basicamente a mesma história: John estava fora da cidade por um período indefinido e não estava certo quando estaria de volta. Ele disse que esperava que John viesse de volta logo porque ele foi seu melhor angariador de fundos.

Este foi uma situação pela qual eu nunca esperei. Embora eu tivesse apenas conhecido John há alguns dias já parecia que ele era um velho amigo que estaria sempre presente quando eu precisasse dele. Era quase como se ele fosse um gênio [da lâmpada] que me pertenceu...  e era como se ele não tivesse ainda me concedido meus três desejos e não tive o direito de tirar nenhum tempo de folga

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até que eu tivesse me [não entendi]... alinhado com ele? Seguido meu caminho com ele?

as if he had not yet granted my three wishes and had no right to take any time off  until I had my way with him.

"Maldição!" Eu disse a Elizabeth quando voltei para casa. "John se foi e não sabem quando vai voltar".

"Você sabe onde ele mora?"

"Sabe, eu nunca pensei em perguntar a ele. Quem sabe?

“Talvez ele esteja apenas sentado em algum pequeno apartamento no extremo norte assistindo TV e bebendo uma cerveja". John era certamente um homem de surpresas.

"Mas eles não disseram que ele estava fora da cidade? Se ele é um verdadeiro apóstolo eu não acho que ele mentiria".

"Bem, talvez ele ainda não tenha ido embora. Talvez, se soubéssemos onde ele vive, poderíamos pegá-lo antes dele partir".

"Ele não disse que lhe daria mais dicas em uma semana? A semana a partir de seu primeiro encontro é na próxima quinta-feira. Se ele for realmente um homem de sua palavra, ele estará de volta até lá".

"Isso é daqui a cinco dias". Eu queria falar com ele hoje. Eu não posso acreditar nisso. Eu me sinto mais inquieto ao ver John novamente do que ver você quando nos apaixonamos. Nunca pensei que isso pudesse acontecer com outra mulher e muito menos com um homem.” Meu coração doeu de decepção.

Percebi que tinha feito uma declaração que poderia ter ferido Elizabeth e voltei-me para ela. "Sinto muito. Você sabe que você é ao pessoa mais importante  em minha vida. É que eu senti tanto amor espiritual e poder vindo de John. Parecia tão familiar e tão bom e agora se foi".

"Eu sei", me tranquilizou Elizabeth. "Eu provavelmente ficaria chateada também, mas eu sinto a mesma coisa. Assim que você disse que ele tinha ido embora eu também senti um vazio e aquela força extra que veio através dele se desvaneceu. Acho que não consigo me levantar de novo".

Eu não queria vê-la enfraquecer novamente. Eu agarrei a mão dela na esperança de que ela pudesse manter suas forças até que estivesse curada. "Aqui. Deixe-me puxá-lo para cima. Você deve manter a fé em si mesmo que pode ficar bem".

Puxei por ela, mas ela não conseguiu suportar mais do que alguns segundos. Ela estava muito trêmula e incapaz de andar. Eu a ajudei de volta à sua cadeira de rodas. Notei uma lágrima caindo pela bochecha dela quando ela disse: "Foi bom me sentir bem por um dia, mas estou perdendo força rapidamente. Acho que logo estarei de volta ao meu fraco normal".

"John disse que este milagre de curto prazo era para lhe dar fé que você pode ser curada. Mesmo que esteja passando [a força], talvez nós devêssemos estar gratos por termos tido a oportunidade de ver que os milagres ainda são possíveis".

 

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"Eu sei o que John diria se eu dissesse isso. Ele perguntaria: O que é a vida"?

"E a resposta a isso tem deixado os filósofos perplexos há séculos". disse ela.

 

ELIZABETH É CONFRONTADA COM SUA LIÇÃO DE CASA DADA POR JOHN

"Talvez devêssemos começar com as coisas fáceis", disse eu. "John me disse para lhe perguntar se você descobriu os pensamentos e medos que você tem  escondido de si mesmo e se você aprendeu a colocar tais em seu devido lugar.

"Devo estar escondendo-os bem, pois não tenho certeza quais eles seriam.

Você já pensou neles?"

"No que há para pensar? Acho que sou bastante aberta sobre meus pensamentos e medos. Na verdade, eu não tenho muitos medos, fora de ficar incapacitada com esta doença".

"Eu pensei um pouco sobre isso. Se você está escondendo certos pensamentos e medos, talvez eles estejam especialmente escondidos de si mesmo como você disse. Portanto, se você tentar procurá-los, eles são difíceis de encontrar porque você mesmo os escondeu de si mesmo".

"Então você está dizendo que eu os escondi tão bem que não consigo encontrá-los?"...

"Talvez seja algo parecido com isto: Digamos que você tem um extra de vinte dólares e esconde-os em um pote de biscoitos. Por algum motivo, você esquece de tê-los escondido  lá. Então, algum tempo depois, você precisa dos vinte e não lhe ocorre procurá-la em nenhum lugar porque não se pode nem mesmo lembrar que ela alguma vez existiu. Talvez você não procurou seriamente por esses pensamentos e medos ocultos porque você não acredita que eles existam. Mas assim como os vinte dólares ainda existem no pote de biscoitos, quer você acredite ou não, então seus pensamentos e medos ocultos existem, à espera de serem encontrados".

"Você tem passado muito tempo com John. Você está soando exatamente como ele".

"Obrigado pelo elogio, mas eu o conheço há muito tempo. e eu sinto que você tem relutância em encontrar esses medos escondidos".

"Se eles estão escondidos e eu não sei se existem, então eles não têm poder para me machucar. Por que eu deveria ir à procura de problemas"?

"Talvez você não estivesse procurando por problemas. Na verdade, você provavelmente têm tentado evitá-los. No entanto, os problemas têm encontrado você. Se John estiver certo, você deve perceber que tem que quebrar as barreiras e encontrar o que você tem escondido".

Elizabeth parecia que queria me bater. "Então, se você sabe tão bem, você me diz o que eu estou escondendo".

"Eu não sei se posso encontrá-lo para você. Eu acho que só você pode

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reconhecê-los quando encontrados, mas talvez eu possa encorajá-la e empurrá-la na direção certa".

"Então me dê um impuslo, eu tenho um branco aqui".

"Eu tenho a sensação de que você tem alguns medos residuais que estão ligados à sua educação religiosa precoce".

"Isso é bobagem. Minhas crenças religiosas mudaram drasticamente ao longo dos anos. Assim como eu não temo mais o bicho-papão, também não temo mais há tempo  o fogo e os ensinamentos de enxofre da antiga religião”.

"Você diz isso, mas é possível que você coloque muito ênfase na ideia de que você não tem medo de um inferno ardente e que a culpa está além de você"?

"Acho que a ideia de que Deus o enviaria para um inferno em chamas é ridículo. Um Deus amoroso não faria isso".

"Logicamente, isso é verdade, mas as coisas que lhe foram ensinadas quando criança pode ter tido um efeito muito mais poderoso do que você pode admitir.

Seus pais não eram Batistas fundamentalistas muito religiosos?".

"Sim, eu tinha que ir à igreja todos os domingos, não importa o que acontecesse".

"Lembro-me que você disse que o pregador favorito de seu pai era o  “cara” do fogo e condenação que adorava gritar as punições de Deus. Você disse que ele retratou todos os humanos como terríveis pecadores que vão sofrer dores e sofrimentos inimagináveis se eles não seguirem a Bíblia e a linha da virtude cem por cento".

"Sim, eu me encolho na memória daquele cara", respondeu Elizabeth.

"O pai nos fazia sentar todos na primeira fila e ouvir aquele horrível sermão dos diabos. Na mesa de jantar durante a semana, ele falava sobre o sermão e como ele se aplica em nossas vidas. Quando eu me interessei por meninos, o pai realmente me martelou sobre a  virtude. Ele me fez sentir que se eu escorregasse e fizesse sexo antes do casamento, eu iria queimar no inferno para sempre".

Parei um momento e disse uniformemente: "E aqueles velhos ensinamentos não a incomodam mais"...

Elizabeth farejou. "Claro que não. Como eu disse, eu os coloquei atrás de mim como o bicho-papão".

"Eu não acho que você os tenha deixado totalmente para trás". Talvez haja algum em sua  memória daqueles dias que ainda a incomoda".

"Todos temos lembranças dolorosas que não gostamos de relembrar".

Elizabeth disse, tirando sua cadeira da cozinha.

Decidi mudar de assunto por enquanto. Elizabeth estava ficando bastante defensiva. 

Eu estava na frente dela. "Sua mãe era uma perfeccionista, não era? 

Ela não exerceu muita pressão...

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... para que você seja a criança perfeita"?

Elizabeth baixou os olhos. "Quando eu era pequena, tentei nunca fazer qualquer coisa para desapontar meus pais – tipo eu nunca me comportava mal ou retrucava. Lembro-me até de pedir desculpas a eles de tempo em tempo, escrevendo pequenas notas por não ser melhor, de alguma forma. Mas quando eu me tornei mais adulta  e mais independente e comecei a namorar, ambos pareciam desapontados comigo".

"Desapontados como?" perguntei.

"Não sei como descrever... como se, sua inocente garotinha,  sua filha perfeita cresceu e a inocência foi perdida. Eu realmente senti culpa sexual, acho eu. Minha mãe me deu “o terceiro grau” [acho que é uma expressão para dizer que ganhava um sermão] após cada encontro e meu pai não se sentia mais confortável em ser fisicamente afetuoso. Eu realmente sentia o desconforto deles com minha sexualidade.

Talvez eu estivesse sentindo a culpa sexual deles ao invés da minha". Elizabeth acrescentou após uma pausa: "Parecia que eu não podia fazer nada certo".

"Você sentia que eles não a amavam por quem você realmente era, ou que o amor deles estava condicionado a que você se conformasse com a ideia deles de perfeição"?

Os olhos de Elizabeth umedecidos. "Sim", ela respondeu suavemente. "E eu nunca estava à altura, por mais que eu tentasse. Eles nunca chegaram a me conhecer como pessoa e, depois de um tempo, eu não queria que eles me conhecessem. Eu fiquei um pouco rebelde - fiz minha parte de ser um pouco selvagem - e tenho certeza eles também não queriam saber sobre esse meu lado. Eles o teriam matado, eu acho".

[Entendi, que teriam matado seu lado selvagem – acho que ela usou uma expressão que não se conhece no Brasil assim: did my share of sewing wild oats – quando se traduz não faz senso nenhum].

"Talvez seja isso!" Eu exclamei, ajoelhado diante de Elizabeth.

"Se seus pais soubessem quem você realmente era, o verdadeiro você, você pensa que  teriam matado [tal lado]. Então, você se puniu suprimindo o verdadeiro eu... matando o verdadeiro eu". 

Elizabeth parecia um pouco pálida. "Você precisa começar a trabalhar". Nós podemos falar sobre isso mais tarde".

"O trabalho pode esperar", eu respondi. "Você vê agora como pode haver alguma conexão entre este medo de descoberta, sua supressão  da verdade, de sua culpa e de sua doença hoje"...

"Um-m-m-m, talvez", Elizabeth franziu o sobrolho. "Eu acho que trabalhei através das minhas coisas muito bem, no entanto. Agora eu sou minha própria pessoa; eu não preciso mais da aprovação de meus pais".

"Mas você precisa da sua", eu disse gentilmente, pegando a mão dela. 

[Aqui entra a necessidade absoluta de NOS ACEITARMOS COMO SOMOS, com todos os defeitos, já que qualidades é normal aceitarmos - para então... se for o caso, algo nos mover a uma mudança interior - e nunca tentar mudar algo em si SEM se ACEITAR, ou  algo em si,   PROFUNDAMENTE PRIMEIRO - será inútil - falo por experiência - além de ser um estresse gigante].


Quando me levantei disse: "Acho que precisamos explorar isso. Eu vou trabalhar agora, mas quero que você me prometa uma coisa

Prometa-me que você vai pensar sobre a culpa que você ainda pode sentir atualmente e o medo de não corresponder aos padrões de seus pais para com você".

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"De que serve? " Elizabeth olhou para mim com raiva.

"Não muda nada".

"Não, mas enfrentar seus medos pode mudar você", eu disse, apertando seu ombro. "Você vai tentar, por favor? Pode curar sua doença".

"Vou ver o que posso fazer, mas acho que fará mais mal do que bem".

"Confie em mim". “Eu acho que esta é a direção certa”.

Eu me despedi, vesti meu casaco, esperando que  estivesse certo.

 

 

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CAPÍTULO DEZESSEIS

Tornando-se

 

Depois de chegar tão tarde na cama, eu esperava poder dormir mas fui despertada por Elizabeth sacudindo meu ombro.

"Minhas pernas! Não consigo mexer minhas pernas de jeito nenhum"!

"Talvez elas estejam apenas dormindo", disse eu mesma, meio adormecido.

"Não. Não. É pior do que era antes. Eu mal consigo me mexer agora. Ajude-me"!

Eu odiava me sentir tão impotente, mas a ajudei a subir em sua cadeira de rodas.

"Olhe!" ela gritou "Minhas pernas agora são totalmente inúteis". Mesmo quando estavam ruins eu ainda conseguia mexer, mas agora está pior do que nunca.

Você trouxe aquele lenço de volta"?

"Querida, John disse que eu não podia..."

"Que tipo de homem é esse cara? Ele me dá um presente e o leva embora. Agora estou pior do que estava. Eu gostaria de nunca ter visto John". Elizabeth soluçava amargamente.

[Nota: John tinha dado um lenço para ela se sentir forte – e funcionou].

Ajoelhei-me diante dela e peguei sua mão com firmeza. "Não diga isso, querida. Por causa de John, você agora sabe com certeza que é possível ser curada. Ele disse que se eu resolvesse as três primeiras chaves, você seria curada. Devemos aguardar esse tempo com expectativa".

Ela reuniu sua compostura por um momento e perguntou: "Então, você já conseguiu resolver o primeiro"?

"Ainda não, mas estou me aproximando".

"Talvez você esteja e apenas talvez esta seja uma piada cósmica... e não há resposta. Talvez não sejamos nada e não vamos a lugar nenhum". ela disse, começando a chorar novamente.

Eu a abracei por um momento e depois levantei o queixo e olhei profundamente em seus olhos. "Eu sei que há uma resposta. Eu vou encontrá-la".

Elizabeth virou a cabeça para longe. "Então a consciência não é

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a resposta?" [Resposta à questão o que é o eu ou o self]

"Não".

"Então não tente nada da próxima vez". Isso será tão bom quanto qualquer outra coisa.

Você deduziu tudo que poderíamos ser".

Fiquei assustado com a frieza dela. "Eu nunca a vi assim. negativa".

"Negativa? Você não sabe o que é negativo", disse ela amargamente. "Chama o Doutor Kevorkian e eu lhe mostrarei o negativo"!

Senti uma sensação terrível na boca do meu estômago, quando  ela disse isso. Deu-me vontade de sair de sua presença o máximo que pude. Era como se não fosse ela quem estava falando, mas algum ser odioso. No entanto, eu sabia que tinha que ignorar esse sentimento e mostrar-lhe todo o amor que eu poderia.

"Você terá suas pernas de volta". Isto é apenas uma coisa temporária",  disse tentando assegurar-lhe. "Vamos levá-la ao médico. Talvez ele possa dar-lhe algo".

"O médico nunca ajuda. Eu vou ficar aqui mesmo".

"Vou ligar para sua mãe e ela pode vir enquanto eu mostro algumas casas".

[Ele trabalhava como corretor].

"Eu não estou desamparada. Pode ir,  eu cuido de mim". Elizabeth saiu do quarto em direção à cozinha.

Eu liguei para a mãe dela de qualquer maneira para ficar de olho nela quando tinha que estar fora. Havia certa quantidade de trabalho que eu tinha que fazer para sobreviver financeiramente, e passei todo o tempo que pude com Elizabeth, mas nada que eu pudesse fazer ou dizer parecia ajudar. 

Ela estava no estado de espírito  mais escuro em que eu já a havia visto. Era quase como se ela estivesse se transformando em outra pessoa. Percebendo que ela pode não ter muito tempo restante, pensei a cada momento sobre as mais novas dicas e a primeira chave. Tive algumas ideias e pensei em compartilhá-las com a Wayne durante nosso próximo café da manhã.

Quando chegou o domingo, Elizabeth ainda estava em um estado negativo e nem sequer queria que eu tomasse o café da manhã com o Wayne. Eu assegurei que precisava de alguém para trocar  ideias e da importância de resolver as chaves, mas ela parecia agir como se eu estivesse desperdiçando meu tempo. Ela era geralmente muito solidária e esta resistência não parecia ser dela. Fui ver Wayne apesar dos comentários.

"Vejo que estamos de volta ao nosso lugar habitual de alimentação", disse Wayne.

"Como foi sua semana?"

"Foi o melhor dos tempos e o pior dos tempos", disse eu com um sorriso forçado.

"Eu tive algumas semanas assim", disse ele. "Então, você

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decidiu que somos consciência ou você conseguiu atingir reflexões mais consistentes?

"Concluí que o núcleo do nosso ser não é a consciência, mas usa a consciência. A consciência é como uma câmera e nosso verdadeiro eu é como aquele que tira as fotos".

"Então quem ou o que é aquele que tira as fotos?" Wayne perguntou.

[Aqui interrompi o diálogo, pois o foco das partes que extraí para este post,  é como Elizabeth vai atingir o cerne de sua doença, no caso a EM - além disso, o livro vai girar em torno dessa questão e incluindo outros aspectos, conforme o contexto - tornando-o um livro tão singular a ponto de ter dito no início, que por ele valeria a pena aprender inglês].

 

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CAPÍTULO DEZESSETE

O Ataque das Trevas

 

Eu tinha a sensação de que não deveria deixar Elizabeth sozinha por muito tempo e que deveria retornar o mais rápido possível. Descobri que o meu palpite estava certo quando voltei para casa e encontrei sua cadeira de rodas vazia.

"Elizabeth!" Eu gritei.  Não houve resposta.

Comecei a procurar em todos os quartos da casa. Finalmente ouvi um lamento vindo do banheiro. Eu corri para dentro e encontrei Elizabeth em um canto com um olhar de terror no rosto com lágrimas secando nas bochechas.

"Querida, o que aconteceu? Como você chegou até aqui sem cadeira de rodas".

"Eu precisava de você e você tinha ido embora". Eu lhe disse que eu não queria que você fosse.”

"Aqui, deixe-me ajudá-la a voltar para sua cadeira de rodas e nós falaremos". Eu a levantei e a levei de volta para sua cadeira. Ela estava agarrando-se a mim com muita força, chorando suavemente. "Agora eu vou fazer uma xícara de chá e nós conversaremos".

Fiz um chá de ervas para nós dois e sentei-me de frente para ela à mesa. "OK. Agora me conte o que aconteceu".

Ela olhou para mim e de repente um olhar de terror tomou conta dela, uma expressão como eu nunca tinha visto antes. Ela gritou "É ele!" e começou a se afastar de mim o mais rápido que pôde.

Eu corri atrás dela e a peguei e a forcei a olhar para mim novamente. "Olhe para mim! Sou eu. Ninguém mais".

"Eu vi seu rosto". Seu rosto se tornou o rosto dele"!

"A cara de quem?" perguntei, sem pequena frustração.

"Quando você saiu, senti-me cansado e adormeci na minha cadeira". Eu sonhei

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que estava no mercado de pulgas onde havia todos os tipos de pessoas negociando seus produtos. Eu estava em minha cadeira de rodas, mas consegui ir de estande  em estenda até que eu cheguei a um que me pareceu ser dirigido por John. Eu achei estranho que ele estivesse usando óculos escuros de sol e me aproximei mais e vi que ele vendia todo tipo de lenços de pescoço e lenços finos. Quando ele me percebeu, disse: Eu sei o que você quer. Ele escolheu uma velha caixa de madeira, abriu-a e puxou o velho lenço vermelho.

"Posso ficar com ele? eu supliquei.

"Claro que você pode ficar com ele, minha querida". Aqui, pegue o lenço".

"Ele balançou o lenço na minha frente e eu agarrei um e imediatamente senti minha força voltar, mas estava perplexa com o fato de que John se agarrou à outra ponta. Você vai me deixar tê-lo...''. Eu perguntei?

"Com apenas uma condição", disse John.

"E isso seria...

"Olhe nos meus olhos por seis segundos".

"Pareceu-me um pedido estranho e algo sobre parecia ser diferente de John. Sua voz, os óculos escuros, o pedido - parecia muito estranho. No entanto, eu queria o lenço e seu pedido parecia inofensivo, então eu concordei.

"Então ele disse: "Depois de ter olhado nos meus olhos por seis segundos, você pode ficar com o lenço. Ele tirou os óculos escuros e para meu horror, vi que seus olhos não tinham pupilas ou íris.

Eles eram inteiramente brancos. Fiquei surpreso, mas eu realmente queria o lenço, então eu olhei para ele. De repente, eu senti o sentimento mais maligno que qualquer um pode imaginar. Então eu me senti paralisada e como  minha própria força vital sendo sugada do meu corpo. Eu queria me virar, mas não foi possível. E de alguma forma senti que quando fosse atingir os seis segundos, eu estaria condenado à morte, à extinção, ao inferno... quem sabe o quê".

"Então, você olhou para ele durante os seis segundos?" Eu perguntei, ansioso para ouvir sua resposta.

"De certa forma, os poucos segundos que eu fiz pareceram uma eternidade, mas, de alguma forma, internamente eu parecia sentir a verdadeira passagem de segundos. Durante os três primeiros segundos, o rosto do homem mudou e eu vi que essa pessoa não era John. Ele era um homem efeminado mais velho...  de cabelo branco. Logo em torno do quinto segundo ele sorriu. Foi um sorriso que eu nunca mais quero ver. Ele fez um tremor passa por mim. O sorriso parecia como se pertencesse a um assassino em série que está vendo sua vítima morrer e desfrutando o momento da morte. Naquele instante eu clamei a Deus em

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meu coração para me dar força, e pouco antes do sexto segundo eu recebi poder para me virar e acordar instantaneamente".

Eu lhe dei um abraço e disse: "Minha pobre querida. Que experiência terrível".

"Isso não é tudo", continuou Elizabeth. "Depois que acordei, percebi que parecia ter sido real, mas me consolei com o fato de que era apenas um sonho. Mas depois, ao meu lado, senti essa mesma presença horrível, semelhante ao que aconteceu com você. Eu tentei me afastar dele, mas parecia que o freio estava ligado. De alguma forma eu caí da cadeira e me encontrei rastejando para longe. Eu me virei e olhei para a presença novamente e viu um esboço tênue do cabelo branco do homem e ouvi suas palavras em um sussurro. "De qualquer forma, você está morta, porque não dar sua vida para mim"."

"Eu gritei, NÃO!".

"Então ele disse algo muito estranho". Diga a seu marido que eu sei quem EU SOU. SOU EU QUE SOU. EU SOU SELF. Eu, o eu mesmo, é tudo. Depois ele desapareceu, mas eu ainda sentia sua presença e rastejei até o banheiro onde você me encontrou".

"A presença dele ainda está aqui?" eu perguntei.

"Senti-o novamente quando vi o rosto dele em vez do seu, mas ele parece ter ido embora agora".

"É engraçado que eu senti sua presença antes, mas não agora", disse eu.

"Talvez o mal deva ser revelado, assim como o bem".

"Estou feliz por você estar aqui", disse Elizabeth com um sorriso fraco.

"Eu nunca mais quero que você me deixe".

Eu a abracei novamente.

Você pensaria que passar por esta doença seria o bastante para sua cota de dor na vida sem ter passar por algo assim. ”

"Vou lhe dizer isto", disse ela com um suspiro profundo. "Eu pensei que sabia o que era o medo quando descobri que eu tinha uma doença incurável, mas isso não foi nada comparado com o terror cortante que senti hoje. É era como se minha alma estivesse em jogo, além da minha vida". Elizabeth ainda estava tremendo, e eu continuei a segurá-la bem próxima.

"Eu sei", eu acenei. "Eu senti essa presença. Você realmente teve que experimentar para entender os sentimentos que pode gerar". Eu tomei um fôlego profundo e deixei Elizabeth. "Acho que está na hora de terminarmos aquela xícara de chá".

Sentamo-nos novamente ao redor da mesa depois de esquentar o chá no microondas para que estivesse novamente quente e retomamos nossa conversa. 

Eu perguntei: "Esta entidade fez uma declaração interessante sobre quem ele pensa que somos. Agora, como ele disse isso?"

"Ele disse para lhe dizer que EU SOU". SOU EU QUE SOU. EU SOU SELF, EU,

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O SELF, é tudo o que importa".

[I AM. I AM THAT I AM. I AM SELF. I, the self, is all that matters].

 

Eu respondi: "O que eu acho interessante aqui é que John disse que o

AM THAT I AM  [EU SOU O QUE SOU ou EU SOU QUEM EU SOU ] é um erro de tradução.

É interessante comparar as duas traduções. EU SOU implica uma condição estática e é outra forma de dizer "eu". I’M BECOMING [EU ESTOU ME TORNANDO] - implica em uma condição em evolução que envolve olhar para fora de si mesmo. De uma forma estranha, isto faz muito sentido para mim. Para os bons meninos o self não é o ultimativo [o maior], mas sim o quanto o self evolui em conexão com outros selves é o xis da questão. Mas para os maus meninos tudo o que existe, é o eu, então cada objetivo que eles têm é apenas para beneficiar a si mesmos como eles o vêem".

"Por que você acha que seus olhos só tinham brancos?" Elizabeth perguntou, mais calma agora, mas eu posso dizer que a memória do evento era ainda horripilante para ela.

"Não tenho certeza". Talvez seja um símbolo de sua cegueira".

"Então, você acha que os New Agers estão errados quando nos dizem para olhar para si mesmo para tudo"?

"Talvez eles simplesmente não tenham toda a verdade". Por outro lado, os cristãos poderiam estar igualmente errados por enfatizar a tradução EU SOU ao invés de EU ME TORNO. Parece que ambos, a Nova Era [New Age] e os cristãos possam ter, inadvertidamente, colocado atenção indevida em si mesmo".

"O engraçado é que esta entidade maligna pode ter nos ajudado em vez de dificultar", disse Elizabeth, mexendo  seu chá. "Será possível que quando tudo tenha sido  dito e feito, seremos apenas selfs individuais?”

"De alguma forma somos selves indivíduos e para os Dark Brothers [Irmãos das Sombras] é aí que termina. Assim, tudo o que eles fazem é para fins egoístas. Mas a tônica dos Irmãos da Luz é o altruísmo. Por isso, a essência dos Irmãos da Luz é o altruísmo, eles vêem algo além do self ou maior do que self. De alguma forma, eu senti que a palavra BECOMING é uma palavra chave aqui. Talvez self seja sem sentido para quem está na luz, porque eles estão em um estado de evolução. Portanto, o self  de amanhã seria um self diferente do que o self de hoje".

"E, por outro lado, o self não evoluível ou evoluído,  seria o mesmo amanhã como é hoje", acrescentou Elizabeth.

"E o fascinante para mim é que esta é uma das principais percepções que as pessoas têm de Deus - que Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Quando você pensa nisso, este conceito seria um Deus muito aborrecido, não seria?" Eu pensei.

“Talvez seja esse um dos motivos pelos quais abandonei tanto a religião.

Sempre gostei de novas experiências e tudo sobre religião parece estar centrado em manter as coisas do jeito que estão agora e não balançando o barco com quaisquer mudanças. ”


 <<<<<<<<<<<<<<<  FIM DA TRADUÇÃO SOBRE O TEMA PROPOSTO >> >>>>>>>>>>>>>


NOTA DO BLOG

O que fica subentendido, é que Elisabeth conseguiu acessar seu MEDO MAIOR, e, com isso, no que depender dela, será curada, mas a condição imposta por John, é ambos decifrarem as 3 PERGUNTAS feitas no início, sendo uma delas relacionada A QUEM É O EU, melhor:

QUEM OU O QUE É VOCÊ?

WHO OR WHAT ARE YOU, ou, pondo na primeira pessoa soa assim:

WHO OR WHAT AM I?

QUEM OU O QUE SOU EU?

Eu ainda traduziria assim:

QUEM, OU O QUE É O EU?

Considerem que o tema se amplifica nos outros livros, e que eu apenas traduzi 32 páginas, enfatizando o tema de como atingir o cerne de uma doença, seu aspecto emocional, por meio do exemplo de Elizabeth.

Porém, aviso que Joe (Joseph) vai ser confrontado de forma enfática em responder a pergunta acima, e se não acertar a resposta, John sairá de cena e as demais chaves não lhe serão passadas.

Diria que o livro e da forma como Joe (Joseph) conduz os diálogos com John, criam mais suspense que certos filmes de suspense - que não curto assistir - mas desse gênero me apraz a ponto de ter relido o livro em poucas horas - não conseguia parar - ou só parei o tempo de fazer outras tarefas para continuar na primeira oportunidade.

E quando puder vou traduzir uma PARÁBOLA do livro, que contem uma chave essencial para muitos aspectos da vida material e espiritual.



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