Jesus Christus

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segunda-feira, 5 de agosto de 2019

ANALISANDO A PL DA EXTINÇÃO DA RESERVA LEGAL.

INTRODUÇÃO

Recebi de um amigo a PL do título para votar sim ou não – eu apenas respondi que ia checar e então votar.

Hoje  lembrei de buscar material a respeito e achei de cara os links  que vou postar no final, a maioria bem curtos, sendo o mais longo o último, cujo título não denuncia que o teor das perguntas se referia ao número de áreas desmatadas, envolvendo órgãos diversos – eu apenas fiquei curiosa e decidi abrir o vídeo e não imaginei o que iria ouvir:




- Ricardo Salles, respondendo sem pestanejar às perguntas feitas, com uma clareza e certeza que me deixou impressionada. Nada de rodeios, de palavras vagas... e no final o Presidente comenta vários aspectos, nem todos ligados ao tema, mas que mostram como o Brasil, com tanto potencial, está realmente buscando, em todas as áreas, aproveitar tais, algo que sempre foi um enigma: como pode um país tão rico ser ainda tão pobre em muitos sentidos!



Portanto, sempre disse, desde o início, que o fato de votar em JB não significa que tenho que aprovar tudo que ele faz, nem tampouco por isso deixar de apoiar seu Governo. Mas disso já tratei no post A HISTÓRIA ATRÁS DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE, de julho.

Por outro lado,  este post não pretende esgotar o assunto, pelo contrário: mostrar que este é um debate amplo, porque a questão é complexa... sobretudo, poderia ser a oportunidade de checar outras variáveis em termos de agricultura, como a agrofloresta e agricultura sintrópica. Poderíamos (podemos!) ser modelo e exemplo de muito mais do que a preservação de faixas de mata nativa... que já é algo precioso.

Vou comentar (como leiga!), o teor de alguns vídeos e expor algumas reflexões minhas, mas, quem quiser, pule já para o título OPINIÃO DE UM AGRÔNOMO que consultei, porque decidi mesmo querer entender melhor esta questão que me toca muito.

SOBRE A EXTINÇÃO DA RESERVA LEGAL

De um lado, conforme dados do Advogado, se não me engano, fica claro que a maneira como foi legalizado o Código, ele deveria ser revisto – por outro lado, vendo a fala de Ricardo Salles, vê-se quão complexa é a situação, por exemplo, na Amazônia.
Diante disso eu fico com o modelo criado pelo suíço Ernst Götsch, vou repostar o vídeo que postei há alguns dias. Sei de casos em que APAS foram revendidas, o que não deveria ocorrer, para estrangeiros (no caso holandeses) e eles plantaram soja transgênica no meio... a pessoa que me contou vive na região e viu isso e mil outras falcatruas, todas praticadas na surdina enquanto que o que derruba uma árvore era denunciado, multado ou preso... isso ocorreu na política anterior que continua válida, ou seja: virou perseguição! E isso sim precisa mudar urgente.

Acho que o PL merecia um debate inteligente, digo, o que funcionou e o que poderia ser melhorado, envolvendo alguns setores, desde que fossem representados todos os lados: os agricultores, os ambientalistas sérios (e não dos que vivem de ONGs financiadas pela esquerda-comunista mundial)  e outros. 

Pessoalmente acho que TODOS devem ajudar a proteger as matas, não por causa do mundo em primeiro lugar, que, como os dados mostraram, nem chegam perto de nossos índices de proteção, mas PELA MATA EM SI, PELOS BRASILEIROS E PELA SUA FUNÇÃO PRIMORDIAL e isso junto vai, automaticamente, beneficiar todo o Planeta.

O Brasil tem potencial para ser pioneiro em modelos agrossustentáveis, tal como provou o Suíço com sua Agrofloresta rentável, ou Agricultura Sintrópica, entre outros. Acho que devíamos aprofundar o debate e encontrar soluções ainda mais incríveis que as do Suíço e assim realmente sermos exemplo de algo extraordinário – por outro lado, me pergunto se por detrás do PL de Márcio Bittar possa estar um pequeno grupo que possuem áreas gigantes, onde então, cada metro quadrado a mais de plantio, logo somaria milhões... afinal, achar que algum governo possa se isentar da pressão de certos grupos, sempre falei, é acreditar em Papai Noel.

Pessoalmente já fiquei por demais chocada viajando pelo Cerrado, onde morei há 30 anos atrás e hoje vejo tudo desmatado e tomado por soja ou gado e isso me deixou simplesmente sem fala... O Cerrado é um bioma quase que sagrado e uma vez desmatado ele nunca mais recupera sua funcionalidade original, alguém me disse ou li em algum lugar.

Concluindo: até posso acreditar, que na época, algumas partes do Código Florestal poderiam ser uma forma altamente habilidosa de frear o agronegócio, tendo por detrás grandes potencias. Mas, mesmo que tenha sido, ainda assim acho que ele tem seu valor, e eu ainda  ampliaria a área de reserva legal para 30% a nível nacional, PORÉM, com o detalhe que esta floresta mantida poderia ser convertida no modelo usado por Ernst Götsch, por exemplo, ou algo similar.

E como todos já sabem, sou absolutamente contra o fato de termos virado o AÇOUGUEIRO DO PLANETA, sendo que boa parte da soja é plantada para alimentar a suinocultura da China, então, de um lado alimentamos os porcos na China e de outro produzimos carne para o mundo. Realmente tínhamos tantos outros potenciais... isso me desgosta muito.

No meio disso entra em choque a questão: transgênicos exigem menos agrotóxicos então deveriam ser considerados bons... Aí eu fico sem os dois, não pelo transgênico em si, mas pelo que sei do que há por detrás, bem por detrás... enfim... este é nosso mundo, ainda todo controlado pelos que querem implantar suas agendas a qualquer custo...

OPINIÃO DE UM AGRÔNOMO

Consultei um agrônomo e ele me deu uns números interessantes, vamos lá o que eu guardei de nossa ligação:

- O Brasil ocupa 8% de áreas plantadas e aprox. 14% de pecuaristas.
- Só que a pecuária do centro e norte do Brasil é feita em grandes pastagens desmatadas,  sendo que no Sul produz-se em áreas bem menores, pois se plantam pastos, entre outros mecanismos de fomentar sem desmatar.
- Sendo assim, ele disse que se os pecuaristas usassem melhor suas áreas, uma parte poderia ser usada para plantio de grãos e com isso não precisaria se derrubar nenhuma árvore e aumentar tremendamente a produção agrícola.
(E eu acrescento: poderiam, tais pecuaristas, ainda implantar áreas modelos de agrofloresta, tal como proposta por Ernst e similares).

Ele disse também que o modelo ou a Lei que vigora atualmente é a mais moderna do mundo ou a mais conceituada pelas áreas preservadas e que levou, acho que uma década, sendo discutida com todos os setores envolvidos: desde pequenos produtores, da área orgânica, secretarias, e enfim, até o setor consumista, nós, no caso.  E que depois da conclusão técnica, a Lei passou para o setor político e lá recebeu “ajustes” e resultou em algo tipo meio termo para ambos os lados e, mesmo assim, ela é uma Lei boa, disse.

Porém, disse também que isso não impede que haja conflitos, por exemplo, em áreas consideradas indígenas (não sei se oficialmente), que, por exemplo, uma família onde o avô, pai e atual filho plantam há gerações,  seja confrontado com o índio que vem e diz que aquelas terras, por exemplo, são sagradas e daí ocorre o conflito.
(Novo comentário oportuno: já li em algum lugar que muitos indígenas são pau mandado, que seguem comandos de estrangeiros inclusive, que querem aquelas áreas devido a riquezas no solo e outros motivos).

Disse que inclusive ainda não dá para comparar a agricultura exercida no Sul do país, onde, por exemplo, 100 hectares é considerada uma área enorme, sendo que no centro-oeste tal número começa com 10 mil hectares e que, portanto, se o agricultor do centro-oeste economizar no adubo ele ganha, no final, pelo número, o que o sul não pode se dar ao luxo (pelo menos isso que subentendi do que ele disse).

AGROTÓXICOS

Outro tópico que ele esclarece, é que no Brasil, a média para um agrotóxico ser aprovado, levava 12 anos, passando aprox. 4 anos em cada Ministério: do Meio Ambiente, da Saúde e da Agricultura, sendo assim, diz ele, estamos usando agrotóxicos de 40-50 anos atrás, sendo que se usássemos os mais modernos, ele prejudicariam bem menos em muitos sentidos.

Ele disse que o Brasil, por área, é o País que menos aplica agrotóxicos, Europa, Japão, EUA e outros ganham de nós.

E que o Greenpeace quando vem querer dar lição de moral no Brasil, se olhar o País de origem deles, vamos constatar que eles não fizeram sua lição de casa ou algo do gênero (e digo eu: o Greenpeace, todo mundo sabe, lá em cima, tá vendido... com isso não precisa se explicar mais nada – isso eu já li em 2004 numa conceituada revista Suíça, que custava cara na época, pois não era/é financiada, para justamente escrever em total liberdade e hoje minha Mãe recebe a revista em casa, chama-se ZeitSchriften).

Aliás, ela publicou um longo artigo sobre Agricultura Sintrópica ou um termo similar há um ano ou mais, e até pensei em traduzir o longo artigo, onde fica claro que a natureza é um Ecossistema fechado e se plantamos somente monoculturas, e o mesmo com frutas e legumes, esses não possuem jamais o mesmo valor energético vital que quando plantadas dentro de um “ecossistema”, onde cada planta ou erva daninha tem sua função. Nada é por acaso, ou porque ta sobrando. Seria como só tomar Vitamina A e ignorar a função das demais.

Portanto, REVER A PL sim, seria uma oportunidade valiosa de incrementar a Agricultura em novos parâmetros, sem desmatar, pelo contrário, aproveitar áreas ociosas, como as grandes pastagens e utilizar as novas ferramentas agrícolas sustentáveis e ecológicas ao máximo. Nossa, isso sim seria inovador e maravilhoso para a natureza, animais e seres humanos.

LINKS COMENTADOS SOBRE A PL

MARCIO BITTAR  ESCLARECE PROJETO DE LEI QUE EXTINGUE Á ÁREA DE RESERVA LEGAL

PROJETO DE LEI PROPOE ACABAR COM RESERVAS LEGAIS...

CAIO COPPOLLA DÁ AULA DE PRESERVAÇÃO AOS AMERICANOS

BOLSONARO DENUNCIA ATAQUES... (esse é mais longo, mas vale à pena)

O  vídeo  acima apareceu na lista e pelo título por nenhum momento imaginei que ia abordar a questão Ambiental sobre um número emitido  de áreas desmatadas em junho acho (não soube disso) e que em função disso Ricardo Salles respondeu às perguntas a respeito, conforme já escrevi no início, de forma tranquila e sem titubear um minuto.

AGROFLORESTA & AGRICULTURA SINTRÓPICA & AGROECOLOGIA

FAZENDA DE ERNST GOETSCH (CONTEM UMA PARTE DO PRÓX VÍDEO)

LIFE IN SYNTROPY – MODELO DE ERNST GOETSCH

ERNST GOETSCH FALA DE SI – VEJA OS PRIMEIROS 50 SEGUNDOS...
Frases chaves:
- Paraíso é o lugar onde você está acolhido, tem sua função, e está feliz de poder cumprir com sua função! (veja que ele não fala missão, e sim cumprir com sua função, sua parcela)
- Não explorar o sistema, mas enriquecer o sistema, criar recursos em todas as fronteiras e conseguirmos fazer isso estamos de volta ao paraíso.
- A minha meta é mostrar (provar) que é mais barato trabalhar junto com a natureza que contra a natureza.
- Tive o privilegio de passar adiante aquilo que achei importante.

PORQUE NÃO O PARAÍSO?  DOCU (mentário) COM A AMERICANA MARSHA HANZI
Esse achei no dia seguinte e vi uma parte e não sei se ela se inspirou em Goetsch ou foi coincidência terem ideias similares e implantarem o modelo inicial na Bahia.

O LIVRO DA NATUREZA - UM PAI DE 6 FILHOS VIVE DA NATUREZA
Não cheguei a ver...

FILME  “ATER”  PARA A TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA - PERNAMBUCO

Este documentário narra a célebre experiência de 1300 famílias agricultoras de 25 municípios da região do Semiárido e da Zona da Mata pernambucana, que durante três anos foram assistidas pelo Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER para Transição Agroecológica, desenvolvido pelo Serviço de Tecnologia Alternativa - SERTA, durante o período de 2015-2017. A obra apresenta diferentes realidades de mulheres e homens, crianças, adolescentes e jovens que encontram no campo possibilidades inovadoras para desenvolver de forma sustentável a realidade onde vivem, a partir da metodologia do Programa Educacional de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável - PEADS

AS 3 GRANDES AGENDAS GLOBAIS

Aliás, decidi incluir este vídeo que assisti nem sei por que... fui vendo e vendo até o fim e achei excelente... o resto comentei abaixo (mas por aí dá para ver claramente as 3 agendas globais, que, analisando o que disse Olavo, são, na verdade 5 no final, pois uma se fragmenta  em duas e eu ainda separo Rússia da China atualmente.

GLOBALISMO E PODER – OLAVO DE CARVALHO


Diria que qualquer pessoa acima dos 21 anos deveria ver este vídeo para ter uma LOÇÃO do que NÃO sabemos em termos de POLÍTICA MUNDIAL, ou você sabe quais são os 3 grandes poderes ou agendas competindo entre si, sendo que uma delas é uma ideia fatiada ao meio, metade socialista, metade capitalista?

Este vídeo parece ser de 2017, talvez bem do início, porque no final alguém pergunta se Trump e ele fala do ano de 2016 e na época não tem ideia de qual seria um candidato para o Brasil. Aliás, ele define Trump em 3 frases de modo completo. Aquilo que o austríaco SIRONJAS levou uma hora para detalhar, Olavo levou um minuto para resumir. Ambos são válidos e só entendi a extensão do resumo de Olavo por ter visto o vídeo do austríaco, que postei e que resumi partes do conteúdo, há umas semanas atrás.

No começo a gente fica meio fora do ar, porque ele fala de Rene Guenon e quem não conhece nada dele, ou algo similar, vai boiar, mas logo vai pegando o essencial. Sempre digo: nada de contorcer os neurônios se não conhece o tema. Seja humilde e vá vendo ou lendo e veja o que consegue assimilar no final e isso será seu ganho.

Com Olavo os ganhos são muitos, porque quase cada segunda frase, pelo menos nesse vídeo, é um resumo de anos de análises, leituras e conclusões, que permitem que ele tenha respostas exatas e precisas, na lata, dito em modo popular. Nem por isso acho que ele sabe tudo, mas sabe muito, ah sabe. E mesmo tendo um jeito meio prepotente, seria falta de inteligência não saber apreciar sua inteligência e perspicácia. Ora, não se aprende nada  com alguém menos inteligente... isso é óbvio. Então onde ta o problema? 

Ninguém ta pedindo para você adorar ou endeusar Olavo, apenas apreciar e aproveitar esta enciclopédia humana. De antemão tem algumas coisas que não concordo (de algumas coisas que subentendi de outros vídeos inclusive), mas como vejo pouco dele e não li nada  do que escreveu, não tenho como debater algo assim. Apenas fica para mim. Mas isso não me impede de apreciar e o admirar por todo o resto que concordo.

2 comentários:

  1. Bom artigo. Boa iniciativa. Mas eu gostaria de ir um pouco além. Com relação a essa disputa de preservação ambiental x produção econômica, é como se eles estivessem debatendo se um ônibus velho e caindo aos pedaços deveria atender a população rodando com gasolina ou álcool ou diesel ou gás... Todos os lados ali estão comprometidos. O que pode preservar / recuperar o meio ambiente e ao mesmo tempo incrementar a atividade econômica é a liberação de novas tecnologias que nos permitiriam entrar em um verdadeiro novo modelo econômico. Infelizmente a maioria das pessoas jamais ouviu o termo 'tecnologias suprimidas'.

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  2. Gratidão pelo comentário. Sim... isso seria O IDEAL MÁXIMO: aplicar tecnologias suprimidas... Mas, confesso que não acredito mais nesta etapa da Humanidade, ou seja, que se consiga "drenar o pântano" (prendendo altos líderes globais), para liberar tais tecnologias. Tá difícil tal façanha (acompanho esporadicamente canais em espanhol, como o DIVULGACION TOTAL, ou alguns vídeos do ANDREA ALERTA e algum em alemão que tratam do tema)... PORÉM vamos manter a esperança...

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