PERENNIAL PATHS & RELIGIÕES

 E AS SOMBRAS DE AMBOS!

https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_perenialista

Nada como ficar sem internet para a gente fazer uma limpa – no caso, andei fazendo uma faxina virtual no notebook e no celular e achei este artigo na pasta A POSTAR NO BLOG, escrito em 19/06/19. Reli e concluí que posto agora, ou deixo de fora. Então achei melhor postar. E prendam o fôlego, porque escrevi sem hesitar sobre aspectos subjetivos dos caminhos chamados de espirituais, seja via religiões ou outros meios. Claro que não dá para esgotar um tema tão complexo em um artigo, mas, como sempre digo: a ideia é dar um aperitivo... 

A ORIGEM DAS RELIGIÕES

Cada grande RELIGIÃO foi construída em cima de um ensinamento professado por um LIBERTO (do ego), um MESTRE, um AVATAR, um SÁBIO ou como queiramos chamar tais seres humanos que realmente fizeram jus ao nome de SER HUMANO, justamente por terem sido VASOS SAGRADOS, puros ou purificados pela vida, para fazer FLORESCER A ÁRVORE DA VIDA (não do bem e do mal, ou seja, da dualidade).

Portanto, religiões, como as definimos, são sempre o ASPECTO EXTERIOR, FORMAL E RITUALÍSTICO, de um ensinamento INTERIOR, “INFORMAL” E LIVRE de certo modo, de como aquele liberto, mestre ou sábio atingiu sua REALIZAÇÃO ESPIRITUAL, sua LIBERTAÇÃO, sua DIVINIZAÇÃO. E aqui temos os exemplos de Buda e as religiões criadas em cima de sua ILUMINAÇÃO e de como atingir tal estado, temos Jesus e sua MORTE E RESSUREIÇÃO, e temos Maomé com sua REVELAÇÃO, como os maiores expoentes em termos de massa, ou coletividade.

Mas como tal fio vermelho ou verdade se perdeu, os que professam e seguem tais religiões criticam e combatem os PAIS que os geraram, alguns num passado distante e, bem por isso, foram esquecidos!

Em outras palavras: RELIGIÔES são sempre criadas, de forma planejada ou sem planejar, para controlar ou... no melhor dos casos, para garantir aos leigos e almas menos maduras, meios e métodos para se purificarem e se prepararem para um dia ansiarem por um ensinamento e prática mais íntima, interna, embora haja a possibilidade de uma religião comum garantir tal a uma alma madura, por isso defini as seguintes frases em função de minhas experiências e trajetórias:

- UMA ALMA MADURA EM QUALQUER CAMINHO TRANSFIGURA!

- UMA ALMA IMATURA EM QUALQUER CAMINHO MADURA!

 

DIFERENÇA CHAVE ENTRE REGRA E EXCEÇÃO

O dito acima se aplica a regra, ou seja:

- Via de regra, almas maduras buscam por caminhos do gênero INTERIOR, que visam não orar a uma DIVINDADE EXTERIOR, mas de encontrar O REINO DOS CÉUS EM SI... pois, estaria mais próximo que mãos e pés... no CORAÇÃO DE CADA UM.

- E almas menos maduras, se sentem perfeitamente bem em caminhos e vias tradicionais, no sentido de adorarem um DEUS EXTERNO ou vários, tanto faz. Um DEUS apenas é mais econômico, simples e eficaz, mas a dinâmica da dependência é a mesma e tudo que isso implica: em esperar por uma vida melhor depois da morte, graças ao fato de termos sido obedientes, bons e retos e isso justamente é o grande valor de tais religiões:

- Forjar  uma purificação de caráter e moral mínima.

Sendo assim, existem dois equívocos quando falamos de regras:

- De fato, via de regra vale o dito acima, mas, em termos de exceções (e muitas) temos o seguinte quadro:

- Há muitas almas imaturas participando de movimentos e vias perenes, mas vivenciando tais como religiões e causando com seu rigor e dogmatismo grande dor entre a comunidade a qual pertencem e...

- Há muitas almas maduras convivendo belamente em religiões de massa e sendo fonte de inspiração para trilharem sua via com mais devoção e menos dogmatismo.

Porém, exceções não justificam regras. Ou seja:  uma religião de massa continua sendo tal, com toda sua beleza e aspectos nefastos, e idem com as vias perenes... pois ambas geram suas sombras...

AS SOMBRAS DE CADA VIA

O que as pessoas de ambos os grupos, via de regra (!) ignoram, é que pode existir sim UMA VERDADE ABSOLUTA, mas neste mundo regido pela dualidade extrema, toda forma de viver e repassar esta verdade GERA SOMBRAS e sobras... como costumo dizer. Seguem as que consegui perceber em minha jornada. Há muitas... tantas quanto os egos... mas, as que vou citar, vão dar uma “loção” de como falta, a ambos os grupos, verdadeira HUMILDADE para seguir sua via com respeito, devoção e gratidão, que nos absteria de cometer erros elementares. (Mas... aqui já começa a confusão: a maioria de ambos os grupos exageram no respeito que vira dogmatismo, devoção que vira fanatismo e gratidão que vira culpa).

Sombra da Forma

As religiões de massa pecam pelo excesso de zelo À FORMA, AO RITUAL (isso inclui sua filosofia básica), e esquecem de que são os ATOS E ATITUDES que são os fatores que contam NO FINAL E AFINAL, e não  o nome de seu movimento ou igreja,  seu Deus, seus templos e por aí... isso são meros aparatos, ferramentas, muletas... até terem atingido o que aquela religião os veio ensinar.

Sombra da Superioridade

Os  que seguem vias perenes, cada uma a seu modo, também tem suas sombras, sendo a mais comum a de se CONSIDERAREM MELHORES, SUPERIORES e já não importa tanto COMO EU VIVO TAL VERDADE, mas o fato de estar em tal comunidade já me faz ser melhor e “mais salvo”. Seja esta uma comunidade física ou virtual ou como for.

Sombra do Humanismo

Do mesmo modo ignoram ou não entendem – pela imaturidade mesmo – que a caridade exterior praticada nas religiões de massa se converte em caridade interior assimilada, e, portanto, se agora não faz sentido participar de movimentos humanistas, isso, porém, NÃO nega que a caridade e compaixão interior nos mova a ajudar  qual reino for (humano, animal e vegetal), se a situação se apresentar em nosso caminho, pois, o que gera dor, o que fomenta a dualidade nunca é o ato em si no final, MAS O APEGO COM O QUAL PRATICO (OU... DEIXO DE PRATICAR!!!) UM ATO. E aqui que a maioria do movimento perene “peca”: por medo de fazer, geram “carmas” ou apegos. Pois estão tentando viver sua filosofia ao pé da letra, via cérebro apenas, não digeriram o conteúdo via coração e constataram o cerne da questão.

Sombra da Moralidade (com dicas preciosas)

Vemos, portanto, no grupo PERENE pessoas de moral altamente suspeitas, que se consideram acima da moralidade, por não terem maturidade para entender o básico: que o fato de terem adentrado a um grupo do gênero PERENE, seria porque já aprenderam o ABC da vida em geral e NÃO porque a via os absolve de toda moralidade, visto que ela é sim, parte da dualidade elementar... mas, a dualidade elementar precisaria ter sido aprendida e integrada, e não descartada.

E se no primeiro grupo a moralidade é praticada pelo esforço de se conter, no segundo grupo ela deveria ser desmascarada... naquilo que ainda não conseguimos vencer... e tratada com os meios propostos pela sua via. Mas, os do segundo grupo, os imaturos, ao verem o quanto se contiveram no passado, e ao se verem “libertos” da opressão do conter, acham que a solução é liberar e viver tal... liberar sim, observar sim, viver é outro detalhe e requer uma outra diretriz.

Aceitar profundamente – Observar atentamente – Viver o mínimo necessário

Constatei que  há aspectos em nós que precisam ser aceitos, profundamente aceitos, seja lá o que for, mesmo que constatemos alguma forma de perversão. (Não tive tal experiência, mas algo muito mais light). Quando constatei xis aspecto, primeiro o aceitei totalmente, isso já tirou metade de seu gás, depois o entreguei (na época a uma força divina fora de mim que chamava de a Fraternidade), e pedi ajuda.

Ainda assim tentei viver uma parcela daquele aspecto, criei muita coragem e lá fui. Mas, ao ter buscado viver, sempre consciente, percebi que ele não tinha a força que eu imaginava... Deste modo, de forma CONSCIENTE E ATENTA, pode-se e deve-se, em muitos casos, buscar viver um aspecto que consideramos nocivo, negativo ou perverso em nós... pois, dessa forma, consciente, tendo aceito antes e ENTREGUE a quem achar de valor, seja uma DEIDADE EXTERNA OU INTERNA, tal aspecto vai se diluir feito fumaça no menor tempo possível.

Outros aspectos, normais, humanos, mas que achei que já deveria ter superado, pelo fato de os ACEITAR PROFUNDAMENTE, sem medos, sem culpas e em alguns casos até ter me comprometido a vivenciá-los ainda o tempo necessário, se diluíram... um com uma ou duas tentativas de viver, outros nem precisei viver...

Não temer olhar a verdade a seu respeito & Entrega plena e total

O que vi e ainda vejo de ambos os grupos, é que em ambos o medo do castigo, o medo de aceitar seus erros, seus desejos, seus sonhos, seus medos, é tanto, que mascaram toda sua vida espiritual e empatam o tempo precioso nelas.

Seja por qual razão for (talvez pela falta de uma educação religiosa e moral rígida), jamais tive medo de expor ao PAI-AMOR qualquer dilema, seja pessoal, seja o absurdo da CRIAÇÃO E A DOR IMPLÍCITA NELA, e mais tarde de fazer exatamente o mesmo com A FRATERNIDADE ou atualmente com MEU SER INTERIOR... exponho tudo, xingo se for, mas não deixo de expressar o que realmente penso e sinto a respeito de algo... pois EXATAMENTE ESSA SINCERADE PLENA me faz prosseguir e aprofundar minha jornada.

AS VIAS DA DEVOÇÃO, ENTREGA OU DO CONHECIMENTO E QUESTIONAMENTO

Claro que há a outra via: da entrega absoluta e plena. Essa é a via doce, pura e poderosa que vai “responder por dentro”, no tempo do PAI, a todas as dúvidas, mas nunca consegui fazer isso, a não ser em situações específicas. Isso é típico de almas devocionais, na Índia seriam chamadas de Almas Bhakti. Sou, porém, mais uma alma Jnana, que é sinônimo do termo grego Gnosis, que significa  Conhecimento Pleno ou Autoconhecimento. 

Por isso também encontrei via ADVAITA, no caso através de Ramana, a minha via maior, a que mais me inspira a seguir o caminho DE VOLTA AO LAR, em mim, no CORAÇÃO DO CORAÇÃO, ou seja, nada de sentimentalismo, mas de ativar o ESPÍRITO DO PAI latente em cada um de nós, totalmente subjugado pelo ego que usurpou o trono da vida, e que só sabe classificar tudo em preto e branco – em bom e ruim, sem criar DISCERNIMENTO INTERIOR, que é a chave da VERDADEIRA LIBERDADE de viver e expressar um ensinamento. Sem discernimento, mesmo os do grupo perene, se aferram em termos e os tornam leis soberanas. E porque o fazem?

- Por medo de dar a liberdade de pensar aos seus, por medo que deixem a comunidade ou que a corrompam. Mas ela será corrompida pelos líderes então, via um rigor inadequado a um movimento da estatura que os perenes pretendem ser.

- A verdadeira obediência tem que vir de dentro, tem que ser algo adquirido e nunca imposto. Podemos guiar, esclarecer e ficar atentos para que os membros não se percam em seus devaneios, mas não cercar e limitar o tempo todo. Isso não os permitirá AMADURECER justamente via seus medos, suas falhas, seus anseios... ainda que falhos. Mas que jamais deveriam ser negados, nem taxados, mas aceitos, esclarecidos e integrados.

E isso NÃO É FÁCIL para homens comuns, por isso, quando uma Comunidade é liderada por pessoas que também não tem maturidade espiritual, ela padece e acaba se tornando uma religião sem o perceber.

A CADA ALMA SUA RECEITA PERSONALIZADA

Por isso que é mais fácil seguir uma via livre, sem dogmas, sem prisões, sem leis, como os caminhos Advaitas fazem via seus REPRESENTANTES LIBERTOS DO EGO...

Ramana jamais impunha algo a quem quer que fosse. Apenas respondia e instruía na altura da maturidade da alma que o consultava e assim ele nunca pedia qualquer coisa, apenas orientava seja a quem for... e todo o resto O CAMINHO INTERIOR aflorava, tais como: deixar de comer carne, deixar de beber, fumar, etc. Tais ATITUDES eram decorrentes do caminho...

E isso uma COMUNIDADE teme... teme dar a liberdade de cada um florescer no seu tempo... e é natural tal, porque uma comunidade que não é liderada em vida por um ou mais libertos, não tem como agir diferente, do que seguir as leis mais intrínsecas do ego, mesmo que um ego mais lapidado e sábio.

Porém, com o acima dito apenas quis mostrar as diferenças entre se praticar a via Perene de forma livre ou via alguma comunidade. Sabendo que ambas geram sombras neste mundo regido ainda pela dualidade... E cada uma tendo seu valor, sua importância e sua grandiosidade, incluso as religiões em geral (salvo algumas seitas claramente negativas). E aqui entramos no próximo tópico para dar uma loção mais ampla e atualizada da questão das vias espirituais, ou que são chamadas como tais.

 

SEITAS & NEW AGE & ESOTERISMO POPULAR

Seitas criadas com leis suspeitas, são diferentes do que caminhos que viram “seitas” em alguns aspectos, por serem muito rígidos, não permitindo um diálogo franco e aberto. E nesse mal recaem todas religiões e movimentos que se chamam de perenes ou similares, pois onde os egos lideram... os radicalismos prosperam.

New Age foi criado pela CIA, dizem os entendidos, para nos tornar puro amor e não acordar para o mal que age por detrás dos bastidores. Então eles vêem só o bem e o bom... mas não baseados em uma vivência interior, em algo de valor, mas aceitam tal ideal como algo real... e não vão a fundo. São o oposto das religiões que pregam o mal e o pecado como grande arma, e que vêem o mal por tudo e toda parte (o que até é mais real do que o bem, neste planeta totalmente controlado como hoje o sabemos, pelo mal sim).

Esoterismo popular é fruto da Era da Comunicação, em que foram se tornando populares termos e temas que antes eram tratados em grupos secretos, porque eram combatidos pelas igrejas. Muitos de tais grupos, de fato, eram do mal e o são, mas não foram e não são todos. Hoje vemos um patchwork de conhecimentos isolados que foram sendo assimilados e cada um usou uma parcela de um quadro maior e acham que sabem tudo.

Exemplo: a Lei da Reencarnação. É apenas um aspecto de algo muito mais complexo. Ou a Lei da Atração, ou a Lei da Reação, e assim por diante. Trabalham com fragmentos e com canalizações, a maior parte suspeita, controlada (e ditada!) pela CIA via  TECNOLOGIA HAARP e por ai afora, fora os falsos Etes e Mestres que são, em verdade, reptilianos por detrás dos bastidores. Este grupo está amplamente infiltrado e só o PAI sabe qual deles mantém qualquer pureza, pois se o canal é tomado pelo ego, já era... no lugar de um SER DE LUZ, aparece um que só parece um ser de luz.

Adquirir poderes psíquicos, é outra ala, hoje bastante grande, onde se considera ser espiritual com ter poderes psíquicos. Sendo que TODOS OS GRANDES LIBERTOS, desde Buda, Jesus, Ramana, alertaram para FUGIR DOS PODERES assim que a via os aflorasse (porque afloram). Até o ego ter sido liberado e o SER REINE SOBERANO, pois o SER, “dono dos poderes”, sabe usar sabiamente e jamais, mas jamais de forma ostensiva. Todos santos (católicos e de outras raças), santos de fato, ou seja, que entregaram seu ego ao PAI plenamente e se tornaram LIBERTOS, no caso pela via devocional total e profunda, igualmente jamais buscaram ostentar. Basta ver  o filme sobre o santo católico mais recente, Padre Pio.  E jamais um LIBERTO ou um ego já bem depurado, vai ostentar algum poder que tenha. Por isso Jesus jamais transformaria pedras em pão, jamais iria colocar os PODERES OUTORGADOS PELO PAI, como show. Pois Jesus já atuava com a força do PAI DELE. O ESPÍRITO DO PAI nele.

O acima pretendeu ser apenas uma ideia de como estamos nesta época vivendo momentos conturbados, complexos, incríveis, tenebrosos e maravilhosos...

CONCLUSÃO FINAL RESUMIDA

- Nada, nenhum religião, nenhuma via, seja ela qual for, é superior ao fato de termos qualidade de alma e registrarmos tal, como uma assinatura, em nossa vida. 

E só isso, e não importando COMO adquirimos tal, é que IMPORTA NO FINAL.

E aqui aproveito para usar meu exemplo de se aprender inglês (que criei e gosto de usar porque repassa uma ideia clara do conceito acima).

Digamos que para ir ao céu o passaporte seja saber falar inglês.

Vocês acham que São Pedro, Deus, um Mestre ou seja quem for, vai perguntar ONDE você aprendeu ou SE você aprendeu?

Ou Deus dirá:

- Ah, não. Você aprendeu no Fisk. Não vale. Só vale se aprendeu no Wizard.

Ora, ora, vamos ser mais sensatos. 

Há almas nobres e belas que conquistaram sua faixa vibracional nas mais diversas escolas e vias.

Não nos preocupemos em apontar ou em comparar... mas em atingir a faixa vibratória mínima necessária para podermos galgar a próxima etapa, seja ela a B para fulano, D para o outro e, quiças, a Z para alguns raros.